Ajuda aos estados e municípios passa no Senado e pode ser votado na Câmara nesta segunda

  • Por Jovem Pan
  • 04/05/2020 06h58 - Atualizado em 04/05/2020 07h34
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Parlamentar segura microfone em sessão do Senado O presidente do Senado, que foi o relator da proposta, admite que foi necessário cobrar contrapartidas

A Câmara dos Deputados promete analisar ainda nesta segunda-feira (4) o projeto aprovado pelo Senado Federal no último sábado(2), que estabeleceu novas regras para a chama ajuda emergencial a estados e municípios por conta da pandemia do novo coronavírus.

Pelas contas do presidente do Senado Davi Alcolumbre, se a Câmara aprovar nesta segunda o presidente pode sancionar o texto já na terça-feira (5). Em 15 dias o dinheiro efetivamente poderia ser disponibilizado aos estados e municípios.

O montante do socorro financeiro deve chegar a RS 120 bilhões — R$ 60 bilhões em recursos que deverão ser repassados e outros R$ 60 bilhões em renegociação de dívidas.

Ao contrario da Câmara, o Senado condicionou a ajuda ao congelamento dos salários dos servidores públicos até o final do ano que vem. Ficam de fora da regra servidores da saúde, segurança pública e militares que estão atuando diretamente no combate à doença.

A sessão virtual do Senado durou mais de 6h e o único voto contrário foi do senador Randolfe Rodrigues, que criticou o fato dos servidores estarem sendo penalizado.

“Não é hora de sacrificar quem quer que seja quando outros não foram sacrificados. Quando a gente não taxa imposto de grandes fortunas, não reduz a contribuição social de lucro liquido, dos bancos, quando nós mesmos — lideranças politicas — não votamos o fim dos fundos partidários eleitoral.”

Os senadores apresentaram 249 emendas para alterar o relatório do presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre. A principal alteração no texto foi exatamente permitir reajuste no pessoal da saúde e segurança publica.

O senador Eduardo Braga admite que o projeto não é o ideal, mas foi o melhor que se conseguiu nesse momento. “É melhor nós termos algo de concreto na mão do que ficarmos discutindo aquilo que é o ideal mas é o impossível.”

O presidente do Senado, que foi o relator da proposta, admite que foi necessário cobrar contrapartidas dos estados e municípios para garantir que o governo federal também apoiasse o texto — uma vez que o projeto aprovado pela Câmara estava sendo muito criticado pela área econômica do governo.

Dos R$ 60 bilhões aprovados, R$ 10 bilhões serão destinados exclusivamente ao combate a doença. Os outros R$ 50 bilhões serão divididos entre estados e municípios. Os estados ficarão com 60% do total e os municípios com 40%.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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