Ajuda de israelenses em Brumadinho necessitou do auxílio de tradutores
A vinda dos militares israelenses ao Brasil para ajudar nas buscas aos desaparecidos em Brumadinho, Minas Gerais, exigiu, por causa da barreira do idioma, a colaboração de intérpretes. Na comitiva, que contou com 136 soldados e oficiais israelenses apenas alguns se comunicavam em português.
Entre os tradutores estava o estudante de Relações Internacionais da PUC Minas, Mathaus Arthur Soares da Silva. Ele faz estágio na Assessoria de Assuntos Institucionais e Internacionais da Prefeitura de Contagem, município vizinho a Brumadinho, e foi enviado para ajudar na comunicação com os israelenses.
Mathaus Arthur conta que os militares tinham o objetivo de levar uma boa notícia às famílias dos desaparecidos: “durante todos estes dias eles estavam com um único objetivo de achar pessoas com vida”.
O estudante disse que o apoio dos brasileiros motivou os soldados: “eles podiam ver que a gente passava nas ruas, e as pessoas estavam filmando, mandando forças a todos. Isso foi algo que ajudou muito no trabalho e motivou muito”.
Os militares ainda trouxeram ao Brasil 16 toneladas de equipamentos para ajudar nas buscas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o grupo de Israel ajudou a resgatar 35 corpos da lama de rejeitos de minério.
Os israelenses estiveram no local da tragédia por três dias e voltaram ao país natal na última quinta-feira (31).
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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