Ajudamos a salvar inúmeras vidas, diz comandante do Exército
A declaração ocorre menos de duas semanas depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, afirmar que o Exército está se “associando” a um genocídio
O comandante do Exército Brasileiro, general Edson Leal Pujol, disse que os militares ajudam a salvar vidas em meio à emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus. A declaração ocorre menos de duas semanas depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, afirmar que o Exército está se “associando” a um genocídio. Atualmente, o responsável pelo Ministério da Saúde é o general da ativa Eduardo Pazuello. Em vídeo dirigido aos integrantes da força e publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (22), Leal Pujol detalhou as ações que estão sendo tomadas. “O laboratório químico e farmacêutico do Exército aumentou significativamente a produção de cloroquina e de álcool gel e, com isso, distribuímos para as ações militares de saúde, os colocando a disposição dos médicos e pacientes. Com orgulho, informo que essa pronta resposta já recuperou milhares de integrantes da nossa família verde-oliva”, afirma.
Em março, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que iria determinar o aumento da fabricação de cloroquina. Até maio, o Exército já havia produzido mais de 1,2 milhão dos comprimidos. Mesmo sem comprovação científica, Bolsonaro continua sendo um entusiasta do uso da hidroxicloroquina e, após anunciar que contraiu a Covid-19, disse que passou a fazer uso da droga. Inclusive, nesta quarta, o presidente teve o resultado de um novo exame e continua infectado pelo coronavírus.
No vídeo, o general Edson Leal Pujol prestou condolências às famílias que perderam entes queridos pela Covid-19. De acordo com o Ministério da Defesa, até terça-feira, foram confirmados 10.812 casos da doença entre os militares e 23 mortes. O general Leal Pujol afirmou que os colégios militares mantiveram o ensino por meio do ambiente virtual. Ele enfatizou, no entanto, que já foi iniciado o processo de retorno às aulas presenciais, começando por Manaus.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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