Além do dinheiro, ‘salário emocional’ motiva trabalhadores durante a pandemia

Fatores como autonomia, sensação de pertencimento, plano de carreira, prazer em trabalhar e ter um propósito compõe a remuneração não financeira

  • Por Jovem Pan
  • 23/02/2021 07h21 - Atualizado em 23/02/2021 10h24
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Pixabay estágio Maria Tanea diz ainda que esses elementos são ainda mais importantes e determinantes em tempos de pandemia, quando as pessoas estão com a sensação de "viver para trabalhar"

O que você busca quando vai procurar um emprego? Não é surpresa que a resposta mais esperada seja dinheiro. Mas além de um bom salário, existem vários outros fatores que são tão importantes quanto a remuneração. O arquiteto de solução, Adriano da Silva Santos, entendeu isso há alguns anos quando decidiu mudar de emprego por insatisfação com a cultura da empresa. “O motivo em si foi mais a questão de ambiente. Naquela época eu estava atuando mais como um executor, não participa das soluções, só executava. Não quer dizer que isso está errado, é uma cultura que não estava muito alinhada. Não via um crescimento, não colaborava com as decisões.”

A falta de identificação de Adriano com o lugar no qual trabalhava também pode ser entendida como falta de “salário emocional”. O termo faz menção a todos os elementos positivos e não financeiros que as pessoas obtêm dentro do emprego, explica a psicóloga terapeuta comportamental, Maria Tanea. “O salário emocional é um conjunto de fatores agregados, tanto o perfil do colaborador, tanto os valores da empresa devem ser alinhados, devem estar alinhados para que não tenha incompatibilidade. E o ambiente de trabalho, o clima, a liderança, de modo geral, a gama de benefícios tem que estar alinhado tudo isso”, afirma. Fatores como autonomia, sensação de pertencimento, plano de carreira, prazer em trabalhar e ter um propósito compõe o salário emocional. Maria Tanea diz ainda que esses elementos são ainda mais importantes e determinantes em tempos de pandemia, quando as pessoas estão com a sensação de “viver para trabalhar”. A especialista lembra, no entanto, que os fatores que constituem o “salário emocional” não substituem o salário em dinheiro, que deve ser compatível com as atribuições do empregador e é o principal meio de valorização de um funcionário.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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