Alerj retoma trabalhos com seis parlamentares presos
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), elogiou nesta terça-feira (05) o pacote antiviolência e anticorrupção apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Na primeira sessão da Assembleia Legislativa do Rio, o governador afirmou que os cidadãos fluminenses estão com medo de sair às ruas: “vivemos também uma crise gravíssima em nossa segurança pública, com cidadãos acuados em suas casas, apavorados com a possibilidade de saírem para trabalhar e não voltarem para as suas famílias”.
No discurso, o governador Wilson Witzel disse que a nova legislatura assume em meio à maior crise do estado do Rio de Janeiro.
Em entrevista coletiva, Witzel lembrou que encontrou um governo endividado e que agora tem o dever de reduzir as despesas: “dever maior é enxugar despesas. Orçamento está aprovado com R$ 8 bilhões de déficit e precisamos conseguir isso para chegar até o fim do não. Além disso tem o resto a pagar de R$ 17 bilhões”.
Estavam presentes na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa 64 dos 70 parlamentares eleitos. Os seis deputados estaduais ausentes estão presos, e, por isso, ainda não tomaram posse.
O Tribunal Regional Federal da Segunda Região informou nesta terça-feira que cabe a Alerj decidir o futuro dos detidos.
Segundo o presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), uma mudança no regimento vai permitir que os deputados sejam empossados e imediatamente afastados. Eles ficariam sem salários e gabinetes e seriam substituídos pelos suplentes até a definição da situação jurídica de cada um.
A solução não é bem-vista nem mesmo por adversários políticos. O deputado Renan Ferreirinha (PSB), disse que os colegas presos não podem receber tratamento especial: “não faz sentido algum para o nosso parlamento”.
O deputado Filippe Poubel (PSL) afirmou que empossar deputado preso é uma vergonha para a Casa: “como Vossa Excelência falou, se fosse empresa privada esse indivíduo seria demitido. E vai custar para a Casa. Deputado preso vai ter todo o privilégio saindo do bolso da população”.
A situação dos seis deputados detidos deve voltar a ser discutida nesta quarta-feira.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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