Alertas de desmatamento na Amazônia recuam mais de 60% em janeiro

Trata-se da quarta menor área degradada já registrada no mês desde o início da série histórica

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2023 09h51
ERNESTO CARRIÇO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Homem tenta apagar foto no Pantanal No registro, homem tenta apagar foco de incêndio no Pantanal

O ano começa com queda no desmatamento da Amazônia, já que os alertas de desmatamento na região caíram 61% em janeiro, se comparado ao mesmo mês do ano passado. Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os alertas de desmatamento em janeiro de 2023 totalizaram 167 quilômetros quadrados. É a quarta menor área já registrada no mês, desde 2015, quando começou o registro da série histórica. Em janeiro do ano passado, a taxa de desmatamento foi de 430 quilômetros quadrados. O índice do primeiro mês de 2023 está acima apenas das taxas registradas em 2017, que foi 58 quilômetros quadrados; 2019, com 116; e 2021, com 83. Entre dezembro e março, a Amazônia vive uma estação chuvosa, o que dificulta as queimadas. Mas mesmo com o período de chuvas, houve recorde de desmatamento contrariando a tendência que predomina na região. Com uma área de 5 bilhões de quilômetros quadrados, o que corresponde a 59% do território brasileiro, a Amazônia Legal é formada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O registro de queda no desmatamento acontece em meio às negociações entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden – mandatário dos Estados Unidos -, e há, inclusive, uma expectativa de que o presidente brasileiro volte com boas notícias sobre investimentos no Fundo Amazônia. A tendência é de que a Casa Branca destine US$ 50 milhões de recursos iniciais para o fundo de gestão das florestas brasileiras.

*Com informações da repórter Berenice Leite

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