Alesp deve confirmar nesta quinta mais um feriado antecipado em SP

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2020 06h58 - Atualizado em 21/05/2020 07h51
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Fábio Vieira/Estadão Conteúdo Trânsito de veículos na Avenida Prestes Maia, na região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (15) O coordenador do Centro de Contingência de São Paulo, Dimas Covas, ressalta que a covid-19 já é a principal causa de morte no Brasil

A Alesp vota nesta quinta-feira (21) a antecipação do feirado de 9 de julho para 25 de maio, próxima segunda, em todo o Estado de São Paulo. Hoje, a capital entra no seu segundo dia de feriado na tentativa de aumentar o isolamento social e evitar o colapso no sistema de Saúde.

A Secretaria Estadual de Logística e Transportes aponta redução de 35% no tráfego do sistema Anchieta-Imigrantes e também queda na movimentação das demais rodovias importantes na comparação com a quarta-feira passada.

O presidente do TJ-SP desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco deu boa decisão de juízes de Itanhaém pelo bloqueio de acesso a Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo.

O prefeito de São Sebastião Felipe Augusto condena os feriados. Ele adotou barreiras sanitárias e a proibição do acesso as praias. “Fomos pegos de surpresa. Nós fomos acometidos com uma visitação em massa que começou na terça-feira a noite e deve chegar a pelo menos 50 mil pessoas no decorrer dos dias.”

O coordenador do Centro de Contingência de São Paulo, Dimas Covas, ressalta que a covid-19 já é a principal causa de morte no Brasil — que passou a Grã Bretanha para a 3ª posição mundial no número de casos.

“Esses dias de feriado são dias de luta. Lutas intensas, lutas de combate ao vírus. É hora de manter o vírus acoado, manter o vírus fora de circulação. É a nossa oportunidade”, disse. A Prefeitura de São Paulo teme uma total ocupação dos leitos de UTI em 15 dias.

A Câmara abriu a discussão de um plano de retomada econômica com índice de distanciamento controlado e bandeiras para reabertura progressiva dos diferentes setores. A expectativa é que o projeto seja aprovado em junho, mas o presidente da Câmara Eduardo Tuma descarta pressão para esse retorno.

“Não significa dizer que dia 15, dia 20 de junho a cidade vai estar aberta e com funcionamento normal. Mesmo porque o próprio projeto de lei prevê uma gradação nessa reabertura ao longo de três semanas mantidos os critérios constantes.”

Todos os municípios com mais de 15 mil habitantes registram casos da doença causada pelo novo coronavírus em São Paulo, com tendência de avanço para todas as cidades. Nessa quarta-feira, o índice de isolamento atingiu 48% no Estado.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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