Alfabetização aos 7 anos gera mais igualdade, diz ministro da Educação
Em entrevista à repórter Carolina Ercolin no Jornal da Manhã, o ministro da Educação Mendonça Filho comentou os principais pontos da nova Base Nacional Comum Curricular, aprovada nesta sexta (15) e que vale para o ensino infantil e médio a partir de 2019.
Para Mendonça, “todos terão tempo para preparar os currículos” no ano que vem, visando a 2019, ano em que as escolas já serão avaliadas de acordo com as novas bases.
“O Brasil ganha uma referência curricular que garante que os parâmetros de aprendizagem sejam comuns em qualquer área do país, norte, nordeste, sudeste”, diz Mendonça.
Sobre o ensino religioso, que passa a ser obrigatório, o ministro pondera: “é um conteúdo obrigatório na grade, mas de participação facultativa”.
A respeito da “ideologia de gênero”, tema polêmico que estava presente nas primeiras propostas da BNCC e que foi retirado após pressões sociais e políticas, Mendonça ressalta: “a base é plural, ampla e respeita as diferenças e a diversidade, mas ela não pode impor de forma alguma uma conotação que caracterize a chamada ideologia de gênero”.
Para Mendonça Filho, a nova previsão de alfabetização aos 7 anos de idade, outro tema bastante debatido entre educadores, “gera mais equidade e igualdade de tratamento” entre os alunos pelo País.
“As crianças mais pobres terminavam se alfabetizando um pouco mais tarde até o 8º ano de vida, 3º ano do ensino fundamental”, diz. Para Mendonça, com todos aprendendo a ler e escrever aos 7 anos, haverá mais “igualdade de condições de evolução nas etapas da educação” entre famílias pobres e de classe média.
O ministro garantiu que a base foi “amplamente discutida” entre pais, educadores e estudantes e classifica as novas diretrizes como um “marco histórico positivo na educação do Brasil”.
Mendonça Filho ainda informou que a Base Curricular do ensino médio deve ser enviada ao Conselho Nacional de Educação “até o primeiro trimestre do próximo ano” e não vê nenhum ponto especialmente controverso nela.
Ouça a entrevista:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.