Agronegócio prevê manutenção da produção e exportação, diz representante do setor

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2020 11h42 - Atualizado em 23/03/2020 11h56
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FILIPE ARAÚJO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/ Granja usada na criação de frangos Para garantir que a produção continue, Ricardo afirma que novas medidas de segurança, além das já adotadas no setor, foram implementadas

Na contramão da atual situação econômica, o setor do agronegócio não pretende demitir ou propor férias coletivas aos funcionários. Segundo afirmação do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em entrevista ao Jornal da Manhã 2ª Edição, o setor vai manter a exportação sem prejudicar o abastecimento no Brasil.

De acordo com presidente da ABPA, a prioridade é cuidar dos colaboradores em meio da pandemia do coronavírus e garantir que os alimentos sejam entregues às famílias brasileiras.

“A população precisa ter alimentos para não tem mais um desafio. Vamos manter esse trabalho. As pessoas não podem ter ainda que ficar procurando comida. Estamos atentos ao fluxo e a cadeia, por parte das nossas empresas, não vai parar.”

Para garantir que a produção continue, Ricardo afirma que novas medidas de segurança, além das já adotadas no setor, foram implementadas. “O nosso setor já tem muitos cuidados, agora estamos medindo a temperatura dos colaboradores, fazendo vigilância ativa para que os funcionários tirem suas dúvidas e tenham segurança para trabalhar, dando equipamentos de proteção para manter a produção e garantir que a população não tenha mais um desafio.”

Com relação aos preços, o presidente da ABPA afirma que o setor está trabalhando para que isso não aconteça para as nossas empresas e os preços se mantenham. “O nosso dever é produzir o alimento e entregar. Esperamos que nenhum especulador queira aumentar os preços para que a gente possa manter a população alimentada.”

Mesmo com a iminente crise financeira, Santin assegura que o setor não prevê demissões, cortes de salário ou férias coletivas. Para ele, o objetivo é manter o trabalho dos funcionários para que seja possível continuar entregando alimentos “para as nossas famílias”.

“Vamos manter o trabalhador para produzir alimento. As pessoas não podem parar de comer. Estamos fazendo todos os esforços para manter o fornecimento no Brasil e em mais de 160 países que exportamos. Vamos continuar a exportar, mas sem faltar para os brasileiros.”

Com o decreto o presidente da república, Jair Bolsonaro, o setor do agronegócio é entendido como um serviço essencial e, por isso, não deve parar suas atividades. Ricardo Santin destaca que a decisão está ajudando para que o setor possa manter a funcionalidade, mesmo com possíveis dificuldades para exportação e deslocamento dos alimentos.

“A gente está esperando que consiga funcionar a cadeia normalmente. Aquele país estrangeiro também quer receber o produto. Sabemos que haverão dificuldade, mas estamos fazendo todos os esforços para manter o abastecimento no Brasil e fora também.”

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