Coronavírus: Estados já podem garantir alimentação de alunos da rede pública
Quase um mês após o fechamento das escolas em todo Brasil por causa do coronavírus, alunos da rede pública de ensino vão receber os itens adquiridos com os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
O PNAE atende a 40 milhões de estudantes que, muitas vezes, se alimentam apenas da merenda escolar e seriam prejudicados com a suspensão das aulas. Destes, 13 milhões vivem na faixa da pobreza ou da extrema pobreza no país.
Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, os alimentos serão distribuídos em forma de kits e definidos pela equipe de nutrição local, de acordo com a faixa etária de cada aluno e o período na unidade escolar.
Em nota, o órgão ressaltou a importância de “garantir durante o recolhimento e o isolamento social, a alimentação adequada a esses alunos”.
A responsável pelo Programa de Mortalidade Zero da Fundação Abrinq, Márcia Cristina Thomazinho, diz que a resolução é importante, mas veio com atraso.
Em São Paulo, famílias de 273 mil crianças matriculadas na rede municipal de ensino e cadastradas no Programa Bolsa Família já receberam o “cartão alimentação” da Prefeitura. O benefício vai garantir a alimentação desses alunos em situação de vulnerabilidade social, durante a situação de emergência causada pela pandemia.
Mais 80 mil estudantes que atendem aos critérios do Bolsa Família, mas que ainda não recebem o benefício, serão contemplados com a iniciativa.
Em entrevista à Jovem Pan, o Secretário Municipal da Educação, Bruno Caetano, disse que os valores carregados no cartão alimentação variam conforme a etapa escolar de cada estudante. Segundo ele, o programa deve ser estendido para que um número maior de alunos da rede pública possa ser beneficiado.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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