Alta do dólar afeta viajantes que planejam visitar destinos internacionais

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2018 08h28 - Atualizado em 21/05/2018 11h28
EFE EFE Brasileiros chegaram a desembolsar até R$ 4,20, no dinheiro, e mais de R$ 4,40 no cartão na compra do dólar

As férias do meio do ano estão chegando e muitos brasileiros já planejam quais destinos querem conhecer. Mas a disparada do dólar, que chegou a ficar próximo de R$ 3,80 na sexta-feira (18), leva o turista a optar por viagens mais em conta. O euro bateu a casa dos R$4,40.

Em São Paulo, algumas casas de câmbio chegaram a vender o dólar turismo por R$ 3,99.

Quem deixou a compra para o aeroporto de Guarulhos desembolsou R$ 4,20, no dinheiro, e mais de R$ 4,40 no cartão.

Um balde de água fria para o turista que tem viagem marcada, mas não antecipou a compra da moeda.

É o caso do Ricardo, que junto com os amigos vai visitar a Europa e só foi atrás de Euro na última semana. “A gente ficou se enrolando para comprar os euros e ficou caro. Mas não tem o que fazer. Aguardamos para ver se baixava, se baixava, mas acabou que só aumentou. Vamos aliviar os custos e se vale á pena trazer alguma coisa para o Brasil”, declarou.

Em um ambiente de maior percepção de risco, as moedas de economias mais sólidas, como a dos Estados Unidos e da zona do euro, ficam mais atrativas. E é por isso que moedas de economias emergentes, como o real, acabam se desvalorizando.

Até quem estava voltando de viagem foi afetado. A veterinária Paula, por exemplo, deixou de comprar uns presentes no fim da viagem. “Deixamos para comprar no final e teve uma alta repentina. A alta do dólar é um ciclo que atrapalha tudo”, admitiu.

O economista André Alírio, operador da Nova Futura Investimentos, alerta que o dólar deve subir ainda mais. “O ideal é comprar aos poucos, se você tiver tempo para fazer essa compra e fazer um preço médio. Mas se tiver uma viagem agora, tem que comprar mesmo com o preço alto porque a tendência do dólar ainda é de elevação”, explicou Alírio.

Ficar de olho em promoções e em pacotes que incluem alimentação, estadia e passeios é uma opção para economizar.

Outra dica dos especialistas é esquecer as lembrancinhas, e só focar nos gastos necessários para a sua viagem. Também vale evitar o cartão de crédito: a cobrança é no valor da cotação do dia da fatura, e não do dia da compra.

Além disso, compras no crédito incluem o imposto sobre Operações Financeiras, o IOF.

*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto

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