Alvo de controvérsia por nomeação, Salles diz que críticas vêm de ‘pendurados em entes públicos’

Ex-secretário de Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin no Estado de São Paulo, o advogado Ricardo Salles foi indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério de mesmo nome.
Sua nomeação neste domingo (09) gerou controvérsias de entidades ligadas ao meio ambiente. Em resposta, o futuro ministro ressaltou, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, que quem estava acostumado com repasses criticará sua indicação à pasta.
“Eu costumo dizer que, em qualquer lugar que você for, tem gente boa e gente ruim. Tem gente boa dentro de ONGs e entidades e essas sabem quando você trabalha bem. Aqueles que querem jogar pedra estavam pendurados em entes públicos, esses vão ficar contra. Estavam acostumados em repasses milionários de dinheiro público e em detrimento até do próprio meio ambiente”, acusou.
Alvo de polêmicas também por opinar sobre o aquecimento global, Salles reafirmou que a “discussão é secundária” e que o debatido hoje sobre o futuro do mundo não é o mais relevante para o Brasil.
Para ele, é preciso tomar medidas para melhorar o meio ambiente em questões mais pontuais como poluição do solo, das águas, o referente a lixões entre outras pautas. “Pode fazer discussão do aquecimento global, deve fazer, mas ela não é final. Não é esse o tema final da nossa ambição no Ministério”, disse.
Sobre o Acordo de Paris, o qual o presidente eleito Jair Bolsonaro já deu indícios de que poderia retirar o Brasil, Salles afirmou que é preciso “ter muita tranquilidade para analisar esse assunto, pesar pontos favoráveis ao Brasil, tirar benefícios e ter posição crítica em temas que sejam prejudiciais ao Brasil”.
Segundo Ricardo Salles, a discussão sobre o Acordo de Paris não é simplista sobre “sair ou ficar”.
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