Alvo de novo inquérito, Crivella diz que viagem à Europa não foi para “festa do guardanapo”
O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um novo inquérito para investigar as viagens do prefeito Marcelo Crivella a Europa durante o carnaval.
Para o MP, não foram tomadas todas as medidas necessárias para que o maior evento do Rio acontecesse da melhor forma possível e, por conta disso, moradores e turistas enfrentaram o caos e a desordem na cidade.
O prefeito tem 30 dias para se manifestar, assim como o presidente da RioTur, Marcelo Alves, que também será investigado por improbidade administrativa pelas falhas no planejamento do carnaval.
Marcelo Crivella se defendeu da investigação e durante agenda oficial nesta segunda-feira, disse que a “viagem à Europa não foi para uma festa do guardanapo”, fazendo referência ao episódio onde o ex-governador Sérgio Cabral apareceu em um restaurante em Paris com guardanapos na cabeça.
Em seguida, o prefeito publicou um vídeo reafirmando que a viagem à Europa era para encontrar uma solução para a violência da capital carioca. “No último feriado, eu viajei a trabalho para buscar melhorias para a segurança da nossa cidade. Estive em vários países da Europa para conhecer tecnologias de ponta que possam facilitar o trabalho da Polícia e evitar mortes de inocentes. Peço que não acreditem em falácias da mídia. As críticas sempre existirão, mas com trabalho e dedicação vamos dar todas as repostas através dos resultados”, escreveu.
Desde que assumiu a prefeitura do Rio de Janeiro, no início de 2017, Marcelo Crivella passou 36 dias em viagens oficiais fora do país.
O Ministério Público determinou que seja esclarecido o custo de cada viagem internacional, com encaminhamento de planilha das passagens aéreas e diárias.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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