Amigo de príncipes e políticos, bilionário americano é preso por prostituição infantil

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2019 07h10 - Atualizado em 09/07/2019 07h11
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EFE Jeffrey Epstein é acusado de tráfico infantil e prostituição de menor O procurador responsável pelo caso, Geoffrey Berman, disse que as menores eram recrutadas para fazer massagens com teor sexual, nuas

A procuradoria de Nova York acusou criminalmente o bilionário Jeffrey Epstein de coordenar uma rede de exploração sexual de menores entre 2002 e 2005. O homem de 66 anos foi preso no sábado (6), ao desembarcar de Paris no aeroporto de Nova Jersey.

Epstein recebeu duas acusações: uma pela conspiração para cometer tráfico sexual e outra pelo crime material do tráfico sexual de menores de idade.

Além de contratar as garotas, o bilionário também oferecia dinheiro para que elas recrutassem outras jovens, criando assim uma rede de exploração sexual que durou, pelo menos, 3 anos.

O procurador de Nova York responsável pelo caso, Geoffrey Berman, explicou a dinâmica dos abusos e disse que as menores eram recrutadas para fazer massagens sexuais, onde estariam nuas, em Epstein.

De acordo com a procuradoria, as garotas eram pagas em dinheiro diretamente pelo bilionário ou por funcionários dele.

Buscas e apreensões

Em buscas em uma das mansões de Epstein foram apreendidas fotos de supostas menores de idade nuas. Jeffrey foi ao tribunal nesta segunda (8) e se declarou inocente das acusações. Porém, os procuradores pediram que ele permaneça preso até o julgamento por representar alto risco de fuga devido à fortuna dele e à posse de aviões privados.

O órgão também ressalta laços internacionais significativos, já que o bilionário tem contato com personalidades como o presidente Donald Trump e o filho da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew.

Este último foi citado em um processo civil de 2007, na Flórida, contra o próprio Epstein, acusado de abusos sexuais entre 1999 e 2007. Neste caso, Epstein fechou um acordo que incluiu 13 meses de prisão, período em que foi autorizado a sair durante o dia para trabalhar.

A decisão foi contestada na Justiça e no início de 2019 um juiz da Flórida determinou que tratado era ilegal.

No mês passado o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que não havia motivo para cancelar a decisão de 2007. O acordo foi negociado com o então procurador da Flórida Alexander Acosta, atual secretário de Trabalho de Trump.

O departamento de Justiça investiga se os advogados do governo da época agiram com má conduta no caso. Nesta terça-feira (9), Jeffrey Epstein deve comparecer ao tribunal para uma audiência de fiança.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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