Amoêdo aposta em apoio da população e diz que não mudará estilo para conquistar eleitor

  • Por Jovem Pan
  • 12/06/2018 10h43 - Atualizado em 12/06/2018 11h22
Bruno Lima/Jovem Pan

Pré-candidato à Presidência pelo Novo, João Amoêdo aposta na ousadia e ambição para suceder Michel Temer no Palácio do Planalto. Deixando claro que a pré-candidatura não é um “projeto pessoal”, e que o cargo não precisa de um “salvador da pátria”, ele se colocou como capacitado a chegar ao segundo turno, seu objetivo para o pleito.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Amoêdo destacou sua vida no setor privado e afirmou que foi por indignação que resolveu ingressar na política. “Trabalhei em instituições financeiras, fui membro do Conselho de Administração do Unibanco, quando me veio insatisfação em 2008, 2009, me vi no cenário de trazer gente nova. Trazer pessoas da indignação para a ação”, disse.

Sobre sua expectativa para a eleição que será realizada em outubro, Amoêdo avaliou que a polarização “se reduziu bastante” e caminha para acabar futuramente. “Eu acredito que no processo vai haver quantidade menor de candidatos, acho que esse é o cenário. Nas pesquisas, 35% a 40% não sabem em quem votar. Cenário está muito aberto ainda”.

Nas pesquisas de intenção de voto recentes, o nome do Novo oscila entre 0 e 1%, o que nem o coloca no páreo contra nomes como Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes.

Mas isso não parece ser uma preocupação para ele. “Nosso desempenho é bom considerando o cenário. Novo é um partido muito recente, teve registro em 2015. o desafio tem sido divulgar as ideias. Tem crescido bastante, própria vaquinha virtual, uso de redes sociais. [Arrecadação] superior a alguns ex-presidentes e candidatos maiores nas pesquisas. Tem período curto de campanha, tudo é restrito. No momento em que população quer renovação, o que a gente quer fazer é divulgar as ideias”, defendeu.

Sobre como fazer para se sobressair e começar a aparecer entre os mais votados, ele ressaltou que há coisas equivocadas como “votar no menos pior”, ao que ele classificou como “muito próximo do pior”. “Voto útil deveria ser votar naquele que representa certas ideias. A gente quer combater privilégios do mundo politico, da elite de funcionalismo público e da elite empresarial. A única forma de conseguir essa mudança é apoio da população”, afirmou.

Pulso firme

Tido por muitos como um candidato que tem boas ideias, mas que precisa de um pulso firme, João Amoêdo disse que não mudará seu estilo.

“Quando entrei nesse processo e foi no início quando tive ideia de montar o partido é que não mudaria meu estilo, não seria teatral. Não podemos confundir capacidade de falar alto e gritar com possibilidade de realização. Eu tive desempenho bastante razoável na vida privada e fui montar partido politico. Acho mais importante as realizações do que a forma que as pessoas falam. Eu, como eleitor, sempre olho isso, qual o histórico e muito menos do que elas falam no processo”, explicou.

Como retomar as contas públicas

Para retomar o equilíbrio das contas públicas, João Amoêdo aposta naquilo que foi deixado de lado nos últimos governos e não avançou neste ano: a reforma da Previdência.

A Previdência deixou buraco, as contas não fecham, praticamente todo dinheiro arrecadado será para pagar pensionista. Defendo ainda a simplificação da carga tributária. Abertura maior da economia e maior pacto federativo. Descentralizar a gestão publica é essencial”, disse. “Privilégios e benefícios devem ser cortados. Não dá mais para falar em carga tributária. Imposto significa transferir dinheiro do nosso bolso para o bolso dos políticos que estão aí”, completou.

Reeleição

Ao contrário de muitos candidatos, Amoêdo se disse favorável a apenas uma reeleição, tanto para a Presidência quanto para o Legislativo.

“Não faz sentido pessoa ir pra política e se perpetuar lá”, finalizou.

Confira a entrevista completa com o pré-candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo:

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