Ana Amélia compara discurso de Bolsonaro ao de Collor e questiona: ‘por que não denunciar o que via?’
Colocado como representante da “extrema-direita” na disputa pela Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) também vem sendo observado por angariar votos que iriam, em outras situações eleitorais, para o “centro”. À frente nas pesquisas, presidenciável tem distância relativamente segura ao segundo bloco de candidatos, mas ainda assim não há certeza de como será formado o segundo turno.
Questionada sobre o discurso que Bolsonaro realiza para atrair votos, a vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), Ana Amélia (PP), comparou ao que fez Fernando Collor em sua campanha à Presidência, em 1989. “Qual o discurso do Collor? Combate aos marajás. Os marajás eram os corruptos da época. O Bolsonaro, que está há 27 anos na Câmara, faz discurso de desconstrução do sistema que ele pertence. Ele e a família. Ele desconstrói aquilo que ele faz parte. Isso pega muito”, disse em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.
Segundo a pepista, a sociedade está dominada pela raiva e ira diante da corrupção no cenário eleitoral. “É claro que o discurso pega. Mas tem coisas que não conferem com discurso, como auxílio-moradia, produção legislativa, coisas benéficas à sociedade foram negadas. Do mesmo modo que discurso de Collor pegou, pega também esse discurso de agora com muita corrupção no sistema que ele está dentro. Por que não denunciar o que via e enxergava?”, questionou a vice do tucano Alckmin.
Ainda em referência a Bolsonaro, Ana Amélia reforçou o discurso de seu cabeça de chapa ao dizer que o problema da violência contra a mulher é grave e não deve ser resolvido “nem na bala e nem na faca”, em referência ao ataque sofrido por Bolsonaro na última semana.
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