Análise de sistema de controle de propinas da Odebrecht pode trazer grandes revelações, diz perito da PF

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2018 08h02 - Atualizado em 06/08/2018 08h03
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EFE odebrecht Um grupo de dez agentes atua com dedicação exclusiva dentro da superintendência da PF em Curitiba

A Polícia Federal no Paraná analisa desde novembro do ano passado os arquivos do departamento de propinas da Odebrecht sem ter data para terminar os trabalhos.

Um grupo de dez agentes atua com dedicação exclusiva dentro da superintendência da PF em Curitiba. A reportagem conversou com o coordenador do trabalho de verificação dos sistemas Drousys e MyWebDay, descobertos na Operação Lava Jato, e que guardam os segredos dessa contabilidade paralela.

O perito-chefe da Polícia Federal no Paraná, Fábio Augusto da Silva Salvador, explicou que os discos rígidos estão guardados numa espécie de bunker com acesso controlado e demandam um trabalho exaustivo.

Para entender a importância desse sistema, é importante voltar um pouco no tempo. A força-tarefa da Lava Jato já sabia desde 2016 que a Odebrecht dispunha do Departamento de Operações Estruturadas, responsável pela administração da propina.

Apesar disso, foi no ano seguinte, após a delação dos principais executivos da empresa, que as autoridades tiveram acesso aos discos rígidos que continham as informações de fato.

O perito Fábio Augusto da Silva Salvador classificou o volume de dados como monstruoso, mas que espera ter novidades importantes até o fim do ano.

A Polícia Federal realiza os procedimentos de perícia de acordo com os pedidos de cada juiz responsável por cada inquérito na Lava Jato, como, por exemplo, Sérgio Moro, em Curitiba. Chama a atenção, no entanto, o fato de que, só na última semana, foram remetidos 39 pedidos que saíram do Supremo Tribunal Federal, ou seja, envolvendo pessoas com foro privilegiado.

*Informações da repórter Tiago Muniz

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