Andrea Matarazzo anuncia pré-candidatura a prefeito de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 13/05/2019 08h34 - Atualizado em 13/05/2019 10h23
Folhapress O ex-vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSD) é pré-candidato à prefeitura da capital paulista nas eleições de 2020

O ex-vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSD) anunciou nesta segunda-feira (13) sua pré-candidatura à prefeitura da capital paulista nas eleições do ano que vem. “Acho que São Paulo merece uma gestão que saiba definir suas prioridades e saiba executar suas políticas públicas, principalmente, para aqueles que mais precisam”, disse, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Ele disse que, desta vez, o PSD se apressará em oficializar sua candidatura — em 2016, a legenda coligou-se com o MDB de Marta Suplicy e Matarazzo saiu como candidato a vice. “Tenho bastante certeza de que a minha candidatura será confirmada”, afirmou.

Sobre o pleito passado, Matarazzo explicou que, na época, “a questão era muito diferente”, principalmente em relação ao financiamento de campanha. As eleições de 2016 foram as primeiras nas quais pessoas jurídicas não puderam fazer doações. “Agora tem uma decisão do próprio partido que todos os municípios com mais de 100 mil habitantes obrigatoriamente terão um candidato a prefeito.”

Matarazzo criticou a gestão do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), que herdou a cadeira de João Doria (PSDB). “Eu acho que não é bem uma gestão porque ele não soube definir prioridades”, disse.

O ex-vereador citou a entrevista concedida por Covas à Jovem Pan na semana passada. “A sensação que me dava era de alguém que estava contemplando os acontecimetnos da cidade, relatando aquilo que vinha acontecendo, inclusive sem nenhuma emoção, positiva ou negativa”, afirmou.

“Os fatos vão acontecendo não por ação do divino Espírito Santo. Eles acontecem se você deixar que eles aconteçam. E quase tudo pode ser prevenido”, ironizou Matarazzo.

“[Em relação às] Ciclovias, eu vi que querem ampliar. Será que não seria melhor fazer um bom planejamento e arrumar as que já existem?”, questionou. Segundo ele, antes de fazer coisas novas, São precisa de uma manutenção do que já existe. “Até para evitar que os viadutos continuem caindo e as ruas continuem parecendo campos minados”, afirmou.

Sem citar Doria, o ex-vereador afirmou que São Paulo precisa de um prefeito “que queira apenas ser prefeito”. “Eu costumo dizer que a cidade é suprapartidária. Não dá para pensando em fazer política numa cidade com tantos problemas”, explicou. “Eu acho muito difícil um prefeito de São Paulo sair de uma gestão inteira popular porque ele tem que fazer muitas coisas e é praticamente impossivel você agradar 10 milhões de pessoas”, continou.

Questionado sobre se as eleições majoritárias de 2018 vão influenciar o pleito do ano que vem, o ex-vereador disse que não. “Acredito que depois dos últimos acontecimentos, dos últimos 8 ou 9 anos de prefeitura, o cidadão vai votar em alguma coisa ligado à cidade de São Paulo”, afirmou.

“Claro que questões nacionais podem ter alguma interferência, mas, essencialmente, o eleitor votará em pessoas em projetos para a cidade, que há muito tempo não tem um.”

Biografia

Quadro histórico do PSDB paulista até se mudar para o PSD, em 2016, Matarazzo passou pelos secretariados municipal e estadual de São Paulo, foi embaixador do Brasil na Itália e chegou a ser ministro da Comunicação no governo FHC entre 1999 e 2001.

Nas últimas eleições municipais, ainda vereador pela capital paulista, Matarazzo protagonizou uma briga interna no tucanato contra João Doria durante as prévias pela candidatura a prefeito. Apoiado pelo então governador Geraldo Alckmin, o novato venceu a disputa, rachando o partido no estado.

Com a derrota, Matarazzo se desfiliou do PSDB após mais de 20 anos e concorreu ao cargo de vice ao lado da ex-prefeita Marta Suplicy (MDB). A chapa conseguiu apenas o quarto lugar, com 10% dos votos, atrás de Celso Russomano (PRB), Fernando Haddad (PT) e de João Doria, que levou a disputa no primeiro turno.

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