Ao aumentar rombo, Governo escolhe caminho de menor resistência, diz ex-diretor do BC
O Governo deve anunciar nesta segunda-feira (14) um aumento no déficit da meta fiscal de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Há ainda a expectativa de que o aumento possa chegar a R$ 170 bilhões.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, o economista Alexandre Schwartsman, afirmou que o Governo escolhe o caminho de “menor resistência” ao optar por aumentar o rombo das contas públicas, previsto para R$ 159 bilhões – deve ser anunciado nesta segunda-feira (14).
“Eles estão escolhendo o caminho de menor resistência. O gasto público, na primeira metade do ano, não caiu. Ele subiu. Fica difícil justificar o motivo pelo qual está fazendo isso”, disse.
Questionado se não seria necessário analisar a qualidade dos gastos, e planejar melhor como eles serão feitos, o economista relembrou que isso “não é fato novo e faz com que tenhamos um conjunto de gastos obrigatórios que cresce todos os anos”.
“A gente acaba optando pelo corte burro, corte de investimentos, de serviços, das Forças Armadas. É um negócio paradoxal. A gente gasta muito, mas gasta pouco nas áreas que precisamos gastar”, explicou.
Para Schwartsman, R$ 20 bilhões a mais no déficit da meta fiscal são juros em cima de R$ 20 bilhões a mais no orçamento: “não estamos nem perto de abater a dívida”.
Confira a entrevista completa:
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