Ao lado de Bolsonaro, chefe do Estado-Maior do Exército diz que ‘espada não tem partido’
Em primeira solenidade militar realizada após a troca de comandos nas Forças Armadas, general Antônio Amaro afirmou que precisa se manter fiel às suas atribuições
Na primeira solenidade militar realizada depois da troca dos comandos das três Forças Armadas, o presidente Jair Bolsonaro ouviu do chefe do Estado-Maior do Exército, general Antônio Amaro, uma frase do patrono da instituição, Duque de Caxias. Ao citar os desafios e compromissos do Exército, o general afirmou que ele precisa se manter fiel às suas atribuições. “Aceito o convite, a minha espada não tem partido. Outro personagem marcante da nossa história, que bem caracterizou o simbolismo da relação entre a espada e o Estado foi Rui Barbosa. Assim se referiu: Espada redentora, tu cresceste no horizonte da pátria, grande iluminadora, serenadora entre as ameaças de tempestade.”
O presidente já havia descartado a possibilidade do Exército ser utilizado, por exemplo, para atuar no cumprimento de medidas de isolamento social, defendidas por governadores e prefeitos. Agora, ele ressaltou que as Forças Armadas vão aturar dentro do que manda a Constituição. “Nós atuamos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Devemos e sempre agiremos assim. Por outro lado, não podemos admitir quem por ventura queira sair desse balizamento”, afirmou o chefe do Executivo, que admitiu que o Brasil vive tempos difíceis. No entanto, ele afirmou que está tranquilo pela responsabilidade demonstrada pelo Exército. O que chamou atenção e gerou polêmica novamente foi o fato de Bolsonaro ter falado mais uma vez a expressão “o meu Exército”. “Agradeço ao meu Exército Brasileiro, o qual ainda integro, ao nosso Exercito Brasileiro, por este momento. Temos certeza que venceremos os desafios e cada vez mais colocaremos o Brasil no local de destaque que ele bem merece”, disse. Desde as mudanças anunciadas na semana passa no Ministério da Defesa, o discurso no governo federal é da importância da separação entre a política e os comandos militares.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.