Apesar de futuro incerto do setor aéreo, Anac descarta rever concessões de aeroportos

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2020 07h03
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Wilton Júnior/Estadão Conteúdo Justiça pede parecer do TCU sobre redução no valor dos descontos das tarifas ofertadas pelas companhias aéreas O governo está fazendo a repactuação de contratos e realizando a recomposição das tratativas com as concessionárias aeroportuárias

O setor aeroportuário passará por mudanças brutais daqui pra frente, segundo especialistas. Os rumos da infraestrutura e da aviação terão novos desafios, devido a pandemia do novo coronavírus. Esses enfrentamentos serão expressivos e foram discutidos numa videoconferência da FGV.

Os números expõem o drama de uma área que já registra 85% de queda na procura por voos internacionais, mais de 50% pelos domésticos, e tem uma frota quase parada, com cerca de 90% dos aviões no chão.

Os aeroportos brasileiros engrossam a lista e registram uma drástica baixa na movimentação de passageiros, ultrapassando a marca de 90%.

A Agência Nacional de Aviação Civil, afirma que os novos projetos de concessões permanecem em andamento e não descarta que aqueles previstos para este ano, sejam transferidos para 2021. O diretor da Anac, Tiago Souza Pereira aponta os principais blocos e que a diretriz é dar seguimento aos processos.

O governo está fazendo a repactuação de contratos e realizando a recomposição das tratativas com as concessionárias aeroportuárias, para que não tenham seus caixas ainda mais deteriorados.

O diretor de Operações da GRU Airport, Miguel Dau, indica que a prorrogação do pagamento da outorga para dezembro deu um fôlego aos administradores. Para ele não há uma fórmula mágica e será preciso espírito colaborativo, porque a retomada de toda a cadeia produtiva não será nada fácil.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz diz que muitos hábitos terão que ser revistos e o coordenador do Centro de Estudos de Transportes da FGV, Marcus Quintella enfatiza que a aviação mundial vive um momento pra lá de preocupante.

O fato é que a higienização de aeroportos e aeronaves terá uma abrangência mais rigorosa. Todos os agentes que trabalham neste campo terão que passar por uma reeducação, assim como os viajantes e prestadores de serviço.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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