Apesar de queda, índices de violência contra jornalistas no Brasil ainda são altos, diz Abert

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2018 07h45
EFE EFE No entanto, o presidente da Abert alertou que isso não representa um alento para a liberdade de imprensa e de comunicação no país

Um jornalista foi assassinado e 82 casos de agressão contra profissionais foram registrados em 2017.

O balanço foi apresentado nesta quarta-feira (22) pela Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, a Abert.

Os números representam uma diminuição de ocorrências contra jornalistas no exercício da profissão em relação a 2016.

No ano anterior, foram duas mortes e 172 casos de agressão, que incluem tipos como agressões físicas, atentados, intimidações e assédio.

No entanto, o presidente da Abert alertou que isso não representa um alento para a liberdade de imprensa e de comunicação no país.

Paulo Tonet de Camargo ressalta que as investigações sobre esses crimes não avançam e a impunidade no Brasil já foi apontada até por órgãos internacionais. “A impunidade é problema sério, porque temo número muito altos de crimes contra jornalistas não esclarecidos, não sentenciados”.

A morte de jornalista registrada no relatório em 2017 foi a do radialista e blogueiro cearense Luís Gustavo da Silva, o Gugu. Ele foi assassinado com dezessete tiros ao chegar de motocicleta em casa, em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza.

O levantamento da Abert também compilou dados preocupantes de organismos internacionais.

De acordo com a ONG Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países avaliados, o Brasil figura em 103º no ranking de liberdade de imprensa.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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