Apesar do frio, preços de frutas, verduras e legumes devem abaixar

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2019 08h22 - Atualizado em 12/07/2019 10h18
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Jaelson Lucas/SMCS Fruta em exposição em um mercado Temperaturas mais amenas e a redução do volume das chuvas devem baratear o preço de frutas, verduras e legumes

Apesar do frio, a tendência para os próximos meses é de redução de preços de frutas, verduras e legumes. No mês passado, o índice geral de preços da Ceagesp, o maior entreposto de alimentos do Brasil, teve alta de pouco mais de 1%.

Apesar disso, a companhia aponta que fatores como as temperaturas mais amenas e a redução dos volumes de chuvas devem baratear os produtos.

O vendedor de hortaliças Marcos Antonio Justino registrou queda nos preços do repolho e da acelga em razão do período de férias. “Porque aqui, como se diz, é quase uma bolsa de valores. Se entra muita demanda e pouca venda, com certeza vai cair. Se tem mais vendas e pouca demanda, preço vai lá em cima.”

E no sobe e desce dessa bolsa, tem caixa de morango que semana passada tava saindo por R$ 12 e nesta quarta-feira estava custando R$ 20.

O vendedor Lauro Machado, que trabalha com a fruta, afirma que isso aconteceu por causa do frio. “Abaixou muito a temperatura então a produção tende a diminuir também. Então o produtor manda menos fruta pra São Paulo e o preço sobe.”

Para além do clima e da sazonalidade, o economista da Ceagesp, Flávio Godas, lembra de um outro fator que pode influenciar a variação dos preços: a condição econômica.

O especialista afirma que, por causa da crise, não foi possível fazer investimentos em equipamentos que possibilitam a colheita do material. “O menor investimento faz com que não tenhamos um volume ofertado satisfatório. Então, o preço do produto ano passado foi ruim e isso inibe investimento. Tudo isso traz uma menor oferta e um aumento dos preços.”

Ainda segundo o economista, produtos como tangerina, melão, melancia, abacaxi, batata-doce e hortaliças são boas opções na feira.

O índice de preços de Ceagesp acumula alta de 2,2% no ano e 9,6% nos últimos 12 meses.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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