Apoiadores de Bolsonaro minimizam riscos e mantém rito na porta do Alvorada
Desde que foi eleito, o presidente Jair Bolsonaro adotou a estratégia de conceder, diariamente, entrevistas na saída e na chega ao Palácio da Alvorada. O momento se mostrou também uma oportunidade para estar mais próximo da população, o que Bolsonaro sempre diz valorizar.
Já para os presentes, o encontro é uma chance de estar do presidente. Para apoiador Antônio Márcio vê a ocasião até mesmo como uma oportunidade de apresentar sugestões ao chefe do Executivo.
Assim que os números de casos do coronavírus aumentou e o ministério da saúde recomentou evitar aglomeração, o número de pessoas à espera do presidente diminui. Entretanto, após pronunciamento de Bolsonaro sobre as medidas de isolamento, a aglomeração voltou a aumentar.
A maioria que vai ao Alvorada não usa qualquer equipamento de proteção. João Dias Oliveira, assim como outros apoiadores, concorda com o presidente e consideram as restrições um exagero.
“Aglomerações em um vento gigantesco, acima de 5 ou 10 mil pessoa, é diferente. Mas com cerca de algumas dezenas de pessoas eu já acho que o risco é quase zero.”
De qualquer forma, desde a crise do coronavírus o clima entre os apoiadores tem ficado cada vez tensos com a imprensa, o que fez com que funcionários da presidência passassem a orientar que eles não criticassem os jornalistas.
Além disso, os apoiadores tem deixado o presidente, em alguns momento, visivelmente desconfortável, como quando um homem disse que esquerdistas estrangeiros estariam armando uma bomba contra ele.
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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