Após ação que o proibiu de fazer discursos, governador de SP diz que PSDB tem “medinho”

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2018 06h56 - Atualizado em 04/07/2018 08h44
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Rovena Rosa/Agência Brasil "Eles estão fazendo esforço para ver se conseguem me tirar da história, não barrar candidatura… eles têm um medinho", disse

Márcio França disse que tucanos têm “medinho” e por isso entraram com ação que proíbe o governador de fazer discursos. O chefe do executivo paulista deu a declaração nesta terça-feira (03), após cerimônia de liberação de recursos para a Educação, no Palácio dos Bandeirantes.

Em decisão de segunda-feira, a juíza Alessandra Barrea Laranjeiras, entendeu que o governador estava fazendo autopromoção em eventos públicos. A magistrada concedeu liminar proibindo o socialista de fazer discursos com cunho de promoção pessoal, da vida política ou de eleições.

A ação foi movida por advogados ligados à pré-campanha ao governo de São Paulo de João Doria, do PSDB. O pedido foi feito baseado num compromisso de maio em que França, pré-candidato à reeleição pelo PSB, falou a prefeitos em São José do Rio Preto.

A juíza determinou também a quebra do sigilo de mensagens para verificar se houve uso da máquina pública na promoção desse evento.

O governador de São Paulo, Márcio França, afirmou que muitos tucanos acham que o Palácio dos Bandeirantes e o Estado de São Paulo pertencem ao PSDB: “muito tucano acha que Palácio dos Bandeirantes e governo de SP é deles. Isso não é deles, pertence ao povo de São Paulo. E o povo de São Paulo tem um governador eleito que está aqui, e vou exercer minha função na plenitude. Vou fazer o discurso que achar que é o correto. Eles estão fazendo esforço para ver se conseguem me tirar da história, não barrar candidatura… eles têm um medinho”.

Durante o evento, Márcio França discursou normalmente. Este não é o primeiro embate jurídico que envolve as pré-campanhas de Doria e França.

No mês passado, a Justiça proibiu que o governador e o PSB divulgassem uma pesquisa eleitoral após ação movida pelo diretório estadual do PSDB. O socialista, por sua vez, pediu em abril que o Ministério Público investigasse o tucano depois que Doria o chamou de “Márcio Cuba” em entrevista à Jovem Pan.

O próprio João Doria é réu por suposta autopromoção desde o início de junho. O Tribunal de Justiça acolheu pedido do MP que acusa o ex-prefeito de São Paulo de improbidade pelo uso do slogan “Acelera, São Paulo.”

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*Informações do repórter Tiago Muniz

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