Após acordo, Senado tenta votar projeto que regula preço do frete
Senado tenta aprovar, nesta segunda-feira (28), urgência para votação de projeto que regula o preço do frete do transporte rodoviário. A proposta é uma demanda antiga dos caminhoneiros e foi incluída na tentativa de acordo do governo com a categoria na última quinta-feira (24).
O texto prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Os valores seriam definidos conforme a carga e levariam em conta o custo do óleo diesel e dos pedágios, além da distância percorrida.
Antes, porém, será preciso analisar seis medidas provisórias que trancam a pauta da Casa. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), aposta na aprovação do frete mínimo para ajudar a por um fim à greve dos caminhoneiros. “Se houve uma definição de que esse projeto resolve e que a área econômica participe dele, não tem nenhum dificuldade. Ninguém mais do que eu deseja que o Brasil volte à normalidade”, disse.
Eunício Oliveira admite a dificuldade, mas apela aos senadores que estejam no Congresso em plena segunda-feira.
Quem também cobra presença maciça dos colegas em Brasília nesta semana de feriado é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Baseado num cálculo equivocado, Maia patrocinou a aprovação na Casa de proposta que zera o PIS e a Cofins do diesel até o final do ano.
Criticado sobretudo dentro do governo, Rodrigo Maia diz não estar a serviço do Palácio do Planalto. “Eu tenho convicção que estou certo. Mas se a maioria do Senado quiser mudar, se o presidente quiser votar, se o presidente, por Decreto, anunciar que já vai reduzir a pelo 50%, 60% já é um passo”, declarou Maia.
O governo é contra a proposta aprovada na Câmara porque ela pode gerar um rombo fiscal maior do que o previsto pelos deputados. Pré-candidato do DEM à presidência, Rodrigo Maia espera discutir a crise com os líderes da Câmara em reunião no fim da tarde desta segunda-feira (28).
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