Após alta por coronavírus, Johnson agradece NHS e não tem tratamento questionado pelos britânicos
A Grã Bretanha entra nesta segunda (13) em sua quarta semana de confinamento, ainda sem saber ao certo quanto tempo mais este esforço irá durar. As mortes e contaminações por coronavírus continuam crescendo diariamente de forma assustadora.
Já são mais de 10,6 mil pessoas que perderam a vida por conta do covid-19 por aqui. Logo, ninguém espera que a quarentena seja seja flexibilizada agora – pelo contrário.
No domingo (12) o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu alta e deixou o hospital em Londres. Johnson passou uma semana internado, incluindo três noites na UTI, e foi categórico ao dizer que o sistema público de saúde salvou sua vida.
E vejam como são as diferenças culturais entre Brasil e Grã Bretanha: aqui seria inconcebível o primeiro-ministro ser internado em um hospital privado de alto padrão. A sociedade simplesmente não aceitaria esta situação, considerando que o NHS, o SUS britânico, é um orgulho nacional.
Boris Johnson divulgou um vídeo nas redes sociais agradecendo o tratamento que recebeu no hospital público. O primeiro-ministro não se declarou para nenhum médico celebridade, não. Johnson deu os nomes e agradeceu pessoalmente a dois enfermeiros.
Os que estiveram ao seu lado durante as noites mais duras de internação em que a situação poderia ter degringolado, como ele mesmo disse. Não por coincidência, os dois profissionais de saúde que Johnson citou são imigrantes: a enfermeira Jenni, da Nova Zelância e o enfermeiro Luís, de Portugal.
Outro destaque importante: aqui não há nenhum minuto dedicado à cobertura sobre o qual tratamento foi destinado a Boris Johnson. Ninguém sabe e nem perguntou até agora qual medicamento específico foi administrado. Esse é um debate reservado aos especialistas e não ao grande público.
Espanha
Em outro destaque aqui da Europa, a Espanha começa uma pequena e lenta flexibilização da quarentena no país. De modo geral, as restrições de circulação continuam valendo para a grande maioria.
Apenas os funcionários de setores que não podem trabalhar de casa estão liberados para retornarem suas atividades, como construção civil e indústria.
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