Após aprovação de novas regras do Fies, universidades esperam reduzir inadimplência de alunos
Universidades avaliam que as novas regras do Fies podem reduzir a inadimplência de alunos, mas temem a queda da adesão ao programa.
As mudanças no fundo de financiamento estudantil foram aprovadas pelo Senado e, agora, aguardam a sanção do presidente Michel Temer.
A principal mudança é que a taxa real de juros, hoje em 6,5% ao ano, será zerada.
Além disso, os alunos passarão a quitar as parcelas logo após o término do curso e não terão mais a carência de um ano e meio a partir da formatura.
As prestações serão proporcionais à renda do estudante e, caso ele queira, poderão ser descontadas diretamente da folha de pagamento.
O diretor jurídico do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, José Roberto Covac, avaliou que as mudanças devem reduzir a inadimplência no Fies: “em um momento de dificuldade financeira, sem dúvida que a gente tem percebido que a inadimplência tem subido, como também a evasão de alunos”.
Para Covac, o fim do financiamento integral dos cursos deve reduzir a procura pelo Fies.
O professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Alavarse, ressaltou que as condições aos estudantes não são boas: “o grande problema colocado pelo novo Fies é que houve restrição do crédito estudantil. Estudantes que querem estudar e não tem condições de custear seus estudos e não vão conseguir vagas em universidades públicas”.
Na avaliação do professor Ocimar Alavarse, da USP, não há garantias de que as mudanças levarão à queda da inadimplência.
Após a sanção presidencial, as novas regras do Fies valerão para os contratos firmados a partir de 2018.
*Informações do repórter Vitor Brown
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