Após ataque em Las Vegas, regras para porte de armas voltam a ser alvo de discussões nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2017 07h20 - Atualizado em 03/10/2017 10h24
EFE/Bill Hughes/Las Vegas News Bureau Apesar de pesquisas mostrarem que a maior parte da população apoia o endurecimento das regras, o governo não dá sinais de que pretenda tocar no assunto

O maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos, em Las Vegas, reacende as discussões sobre o porte de armas. O debate é antigo no país e ganha força a cada novo massacre.

O autor da tragédia deste final de semana, o contador aposentado Stephen Paddock, usou pelo menos 10 fuzis de longo alcance para matar as pessoas que assistiam ao festival de música country.

Segundo a polícia, ele não tinha antecedentes criminais, pratica caça e possuía autorização para o porte de armas.

Nesta segunda-feira (02), durante o pronunciamento, o presidente Donald Trump não falou sobre a questão.

Mais tarde, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, veio a público para dizer que não é hora de recriar o debate.

Segundo ela, este não é o lugar nem o momento para discussões políticas. Sarah diz ainda que não se sabe o que aconteceu e que qualquer conclusão tomada agora sobre o episódio seria prematura.

A postura evasiva da Casa Branca já era esperada.

Apesar de pesquisas de opinião mostrarem que a maior parte da população apoia o endurecimento das regras para o porte de armas de fogo, o governo americano não dá sinais de que pretenda tocar no assunto.

O presidente Donald Trump é um dos mais ferrenhos defensores da Segunda Emenda da Constituição, que determina que não se pode atentar contra “o direito dos cidadãos americanos de ter e portar armas”.

A coordenadora de Relações Internacionais da FAAP, Fernanda Magnota, acredita que o republicano pode utilizar a reivindicação de autoria do Estado Islâmico para desviar o foco das discussões: “isso com certeza serve para contrabalançar a discussão em torno das armas”.

Apesar do anúncio feito pelo Estado Islâmico, o FBI e a CIA negam que o atirador fosse terrorista.

Segundo as autoridades americanas, não há indícios que apontem para a conexão.

*Informações do repórter Vitor Brown

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.