Após ataque em Las Vegas, regras para porte de armas voltam a ser alvo de discussões nos EUA
O maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos, em Las Vegas, reacende as discussões sobre o porte de armas. O debate é antigo no país e ganha força a cada novo massacre.
O autor da tragédia deste final de semana, o contador aposentado Stephen Paddock, usou pelo menos 10 fuzis de longo alcance para matar as pessoas que assistiam ao festival de música country.
Segundo a polícia, ele não tinha antecedentes criminais, pratica caça e possuía autorização para o porte de armas.
Nesta segunda-feira (02), durante o pronunciamento, o presidente Donald Trump não falou sobre a questão.
Mais tarde, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, veio a público para dizer que não é hora de recriar o debate.
Segundo ela, este não é o lugar nem o momento para discussões políticas. Sarah diz ainda que não se sabe o que aconteceu e que qualquer conclusão tomada agora sobre o episódio seria prematura.
A postura evasiva da Casa Branca já era esperada.
Apesar de pesquisas de opinião mostrarem que a maior parte da população apoia o endurecimento das regras para o porte de armas de fogo, o governo americano não dá sinais de que pretenda tocar no assunto.
O presidente Donald Trump é um dos mais ferrenhos defensores da Segunda Emenda da Constituição, que determina que não se pode atentar contra “o direito dos cidadãos americanos de ter e portar armas”.
A coordenadora de Relações Internacionais da FAAP, Fernanda Magnota, acredita que o republicano pode utilizar a reivindicação de autoria do Estado Islâmico para desviar o foco das discussões: “isso com certeza serve para contrabalançar a discussão em torno das armas”.
Apesar do anúncio feito pelo Estado Islâmico, o FBI e a CIA negam que o atirador fosse terrorista.
Segundo as autoridades americanas, não há indícios que apontem para a conexão.
*Informações do repórter Vitor Brown
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