Após caso confirmado em Londres, governo britânico alerta para proliferação da doença

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 13/02/2020 07h30 - Atualizado em 13/02/2020 10h00
EFE coronavírus O governo afirma que o risco do coronavírus se espalhar pelo país seguirá iminente até pelo menos a metade do ano, quando começa o verão

Mais um caso de coronavírus foi identificado na Inglaterra e as autoridades do país alertaram a população: todos devem se preparar para a chegada da epidemia. O novo paciente com a doença é o 9º em território britânico e também o primeiro na capital Londres.

Trata-se de uma mulher chinesa entre 20 e 30 anos de idade que mora na cidade com a família. Ele esteve na China e voltou para a Inglaterra neste final de semana apresentando sintomas da doença logo na sequência.

O alerta do governo é que a chegada do vírus na capital britânica pode significar que ele se espalhe rapidamente. A região metropolitana de Londres tem 9 milhões de habitantes e é super interligada por seu sistema de transporte público.

Os especialistas em saúde, no entanto, afirmam que o risco de contaminação é maior nas viagens mais longas e que deslocamentos de metrô e ônibus têm probabilidades mais limitadas.

Até o momento 1750 testes para identificar casos de coronavírus foram realizados no Reino Unido e 99% deles deram negativo. Embora a situação esteja sofrendo intensa cobertura da imprensa local, a população ainda mantém certa tranquilidade por aqui.

Raramente se vê alguém usando máscaras nas ruas — quando isso ocorre são pessoas com traços asiáticos, o que de certa forma é comum considerando os costumes da região.

O governo afirma que o risco do coronavírus se espalhar pelo país seguirá iminente até pelo menos a metade do ano, quando começa o verão. E o fato de que os casos na China dispararam nas últimas horas devido a mudança na forma como eles são diagnosticados também não ajudou.

O questionamento principal é sobre a veracidade das informações divulgadas pelo governo de Pequim e se o país vai conseguir conter a situação rapidamente.

Os confinamentos na China estão ficando cada vez mais drásticos — sobretudo na região de Hubei — mas na Europa, por enquanto, esse tipo de medida não está sendo incentivada. Apenas pessoas com sintomas da doença devem ficar em auto isolamento, em casa, e entrar em contato com as autoridades.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.