Após críticas de falta de interlocução, Onyx Lorenzoni procura Maia para acalmar ânimos

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2018 07h15
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Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Alex Ferreira / Câmara dos Deputados Onyx admitiu que aprovar qualquer ponto da reforma da previdência ainda esse ano está cada vez mais difícil

Depois das críticas de que faltaria uma articulação política do novo governo junto ao Congresso Nacional, o coordenador da transição em Brasília, Onyx Lorenzoni, se apressou em procurar o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, para conversar sobre o cenário atual e o cenário futuro.

O novo Governo já se comprometeu a não interferir na disputa pelas presidências da Câmara e Senado no ano que vem e Onyx admitiu que aprovar qualquer ponto da reforma da previdência ainda esse ano está cada vez mais difícil.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também já afirmou que a reforma vai ficar mesmo para o ano que vem, mas nesta terça (13) ele vai receber propostas de mudanças infraconstitucionais. Ou seja, que não mudam a Constituição, e com isso não precisam de 308 votos. Trabalhar ou não para avançar nessas medidas auxiliares vai depender do presidente eleito.

O secretário de Previdência Social do Governo Temer, Marcelo Caetano, esteve nesta segunda (12) reunido no gabinete de transição com a equipe de Bolsonaro e apresentou metodologias e projeções de longo prazo do regime geral da previdência social.

Dentro da equipe do novo governo a expectativa continua sendo de fechar o nome de todos os ministros até o fim do mês. O coordenador da campanha de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, por exemplo, deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência.

O coordenador dos trabalhos Onyx Lorenzoni explicou que o desenho definitivo do novo ministério deve sair até esta quarta-feira (14). Segundo ele, a questão não é simples, uma vez que a fusão de ministérios acaba dando lugar a um grande número de secretarias, mas que o entendimento é que é preciso mesmo encolher o governo.

Hoje deverá ser apresentada também ao presidente eleito uma linha de atuação para o ministério do meio ambiente. Lorenzoni repetiu o discurso do presidente eleito de que há muitas ONGs atuando no país e que é preciso acompanhar de perto o trabalho delas. Lembrou que os países ricos têm apenas cerca de 10% de reservas preservadas e que o Brasil tem 30%, e se irritou quando questionado sobre a ajuda por exemplo que a Noruega deu ao ministério do Meio Ambiente.

Assim que desembarcar, Jair Bolsonaro deve ir direto para o gabinete de transição. Ele tem uma nova rodada de encontros com presidentes de tribunais superiores e estuda também se encontrar com os presidentes da Câmara e Senado.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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