Após críticas de falta de interlocução, Onyx Lorenzoni procura Maia para acalmar ânimos
Depois das críticas de que faltaria uma articulação política do novo governo junto ao Congresso Nacional, o coordenador da transição em Brasília, Onyx Lorenzoni, se apressou em procurar o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, para conversar sobre o cenário atual e o cenário futuro.
O novo Governo já se comprometeu a não interferir na disputa pelas presidências da Câmara e Senado no ano que vem e Onyx admitiu que aprovar qualquer ponto da reforma da previdência ainda esse ano está cada vez mais difícil.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também já afirmou que a reforma vai ficar mesmo para o ano que vem, mas nesta terça (13) ele vai receber propostas de mudanças infraconstitucionais. Ou seja, que não mudam a Constituição, e com isso não precisam de 308 votos. Trabalhar ou não para avançar nessas medidas auxiliares vai depender do presidente eleito.
O secretário de Previdência Social do Governo Temer, Marcelo Caetano, esteve nesta segunda (12) reunido no gabinete de transição com a equipe de Bolsonaro e apresentou metodologias e projeções de longo prazo do regime geral da previdência social.
Dentro da equipe do novo governo a expectativa continua sendo de fechar o nome de todos os ministros até o fim do mês. O coordenador da campanha de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, por exemplo, deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência.
O coordenador dos trabalhos Onyx Lorenzoni explicou que o desenho definitivo do novo ministério deve sair até esta quarta-feira (14). Segundo ele, a questão não é simples, uma vez que a fusão de ministérios acaba dando lugar a um grande número de secretarias, mas que o entendimento é que é preciso mesmo encolher o governo.
Hoje deverá ser apresentada também ao presidente eleito uma linha de atuação para o ministério do meio ambiente. Lorenzoni repetiu o discurso do presidente eleito de que há muitas ONGs atuando no país e que é preciso acompanhar de perto o trabalho delas. Lembrou que os países ricos têm apenas cerca de 10% de reservas preservadas e que o Brasil tem 30%, e se irritou quando questionado sobre a ajuda por exemplo que a Noruega deu ao ministério do Meio Ambiente.
Assim que desembarcar, Jair Bolsonaro deve ir direto para o gabinete de transição. Ele tem uma nova rodada de encontros com presidentes de tribunais superiores e estuda também se encontrar com os presidentes da Câmara e Senado.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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