Após críticas, relator de projeto que limita “penduricalhos” abre mão de auxílio-moradia

O relator do projeto que regulamenta o teto de remuneração do servidor público abriu mão do próprio auxílio-moradia após receber críticas.
Rubens Bueno, deputado pelo PPS do Paraná, recebia R$ 4.253 da Câmara, mesmo morando em um apartamento que pertence à esposa, em Brasília.
O parlamentar explica que tomou a atitude de tirar o próprio benefício para aprofundar o diálogo: “já tomei minha decisão de não receber auxílio-moradia para dar conteúdo maior de um bom debate. Não significa que eu vá trabalhar dessa forma”.
Em 2011, Rubens Bueno também abriu mão dos 14º e 15º salários, benefícios que os deputados tinham até 2013.
O projeto trata de definir o que deve e o que não deve ser submetido ao limite remuneratório imposto pela Constituição para todo o funcionalismo público.
O texto foi proposto pela comissão do Senado que debateu o fim dos “supersalários”.
De acordo com o relator, Rubens Bueno, o texto que pretende apresentar à Comissão Especial trata de dois pontos principais: “auxílio-moradia que generalizou para todos, mesmo aqueles que têm domicilio, e outras são as férias de 60 dias para juízes no País”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, declarou que pretende pautar o projeto de lei em março.
No entanto, ele ressaltou que vai esperar o dia 22 de março, quando o Supremo Tribunal Federal decide sobre o auxílio-moradia do Judiciário.
De acordo com Maia, “não adianta legislar de uma forma e o Supremo interpretar de outra”.
Já Rubens Bueno espera apresentar o parecer até o dia 20 de março e acredita que o texto possa ser votado na Comissão Especial antes do dia 22.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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