Após declaração de Bolsonaro, procuradores reforçam importância da lista tríplice

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2019 06h28 - Atualizado em 20/06/2019 06h30
Marcos Corrêa/PR O presidente Jair Bolsonaro durante reunião ampliada com o presidente da Argentina, Mauricio Macri. O presidente Jair Bolsonaro declarou que ainda não escolheu substituto de Raquel Dodge

Os procuradores de três forças-tarefas reiteraram pedido da categoria para o presidente Jair Bolsonaro usar a lista tríplice. As equipes das operações Greenfield, Zelotes e Lava Jato reforçaram que os três nomes foram escolhidos por profissionais que conhecem a atuação pública dos candidatos.

O grupo completou que a lista promove a independência da atuação do procurador-geral em relação aos demais poderes. De acordo com os procuradores, desta forma é possível evitar nomeações que podem prejudicar processos envolvendo interesses políticos e de outros poderosos.

Nesta terça-feira (18), integrantes do Ministério Público Federal (MPF) formaram a lista tríplice com os subprocuradores-gerais Mário Bonsaglia e Luiza Frischeisen e o procurador regional, Blal Dalloul.

Porém, o presidente Jair Bolsonaro já vem sinalizando que pode não seguir a tradição dos últimos 16 anos. Nesta quarta (19), ele afirmou que vai decidir o nome indicado aos 48 do segundo tempo. O presidente não deu uma resposta concreta, mas sinalizou que ainda não escolheu a pessoa que vai substituir Raquel Dodge na procuradoria-geral da República.

A lista tríplice não é prevista na Constituição, o que significa que o presidente não é obrigado a decidir a partir dela quem indicar para o cargo na PGR. Por outro lado, o processo foi usado pelos presidentes que estiveram no Palácio do Planalto desde 2003.

O Ministério Público Federal alega que facilita o diálogo entre a procuradoria e o governo e promove uma liderança estável para a carreira.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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