Após deixar o cargo, Janot diz que Lava Jato pertence à sociedade e não mais ao MP
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a Operação Lava Jato pertence à sociedade brasileira, e não mais ao Ministério Público.
Quando esteve no cargo, Janot apresentou duas denúncias contra o presidente Michel Temer, mas as duas foram barradas pela Câmara dos Deputados.
Em entrevista à CNN em espanhol, Rodrigo Janot também declarou que já se pode ver um fim da Lava Jato: “essa operação Lava Jato não pertence mais ao Ministério Público, mas à sociedade brasileira, aos países molestados pelos atos de corrupção e suborno praticados por empresas brasileiras. Essa investigação não depende somente do MP, mas de outros órgãos independentes. Se pode ver o fim, a cabeça da organização criminosa e toda a organização criminosa hoje está desvendada”.
Na entrevista à CNN em espanhol, Janot também lembrou que o acordo de delação premiada da JBS foi validado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Ele também comentou como foram as negociações do acordo com os irmãos Batista: “havia provas de que o presidente da República, no exercício do cargo, cometia crime, deputados e senadores cometiam crimes e membro do MP traía. Eu tive que decidir se permitia que os crimes continuassem ou se interrompia esses crimes”.
Rodrigo Janot ainda afirmou que confia na nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O ex-procurador negou novamente a possibilidade a intenção de ser candidato, ou ministro do STF, e disse que poderá voltar a dar aulas.
*Informações do repórter Bruno Escudero
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