Após denúncia, Governo volta a pensar na reforma da Previdência, mas aprovação é difícil

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2017 06h26 - Atualizado em 26/10/2017 11h18
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Uma PEC, como a Reforma da Previdência, requer o apoio de 308 deputados

Superada a segunda denúncia na Câmara, o Governo já pensa no que fazer para reconstruir a base aliada. Os próprios líderes governistas já vinham dizendo que, a partir desta quinta-feira (26), o tamanho da base seria equivalente ao número de votos que ela conseguiria na votação desta quarta (25).

O Planalto obteve 251 votos. Para se ter uma ideia, são necessários 257 votos, uma maioria simples, para aprovar um simples projeto de lei. Já uma PEC, como a Reforma da Previdência, requer o apoio de 308 deputados.

Com uma base de 251 parlamentares, fica mais difícil aprovar as mudanças nas leis da aposentadoria, que era uma das prioridades do Governo. Mas, para o deputado Carlos Marun (PMDB), ainda é possível: “não quero ser colega de base de quem votou contra o presidente Temer, então vamos compor a base com esses companheiros que estão votando a favor e no momento do quórum qualificado vamos somar parlamentares que simpatizem com os projetos”.

A oposição saiu contente da votação. Se não era possível derrubar o presidente Temer, o objetivo era desgastar o Governo e diminuir a base de apoio.

Na visão do Líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT), mais nenhuma matéria polêmica vai ser aprovada: “não se vota mais nada. PEC da Previdência está enterrada. O deputado que veio dar presença e votar pelo arquivamento da denúncia vai vir aqui e votar de novo? Eu duvido! Ele já negociou tudo com o Governo”.

O presidente da Câmara Rodrigo maia já traça a Reforma da Previdência como prioridade para as próximas semanas, mas admitiu que ela vai precisar de mais mudanças: “já conversei com o relator para que a gente possa organizar uma proposta mais enxuta. É idade mínima e acabar com transferência de renda entre mais pobres e mais ricos”.

A intenção do Governo é aprovar as mudanças na aposentadoria até o final deste ano. Em 2018, ano eleitoral, é improvável que matérias de grande impacto sejam analisadas pelo Congresso.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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