Após diálogo se tornar público, Marun defende caixa 2 e afirma: “é diferente de propina”
Após a troca de mensagens em que o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chamou Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à presidência da República, de débil mental se tornar pública, Marun reconheceu que a postura foi equivocada e tentou contemporizar o episódio. No mesmo conteúdo ele ainda cita que pretende “criar” uma corte para julgar o STF.
Segundo Marun, tem havido descompromisso dos magistrados em julgar os textos da Constituição. “Há interpretações muitas vezes criativas e baseadas em convicções políticas e estão se sobrepondo à literalidade ao que está expresso na Constituição”, justificou o ministro.
Na opinião de Marun, as decisões do judiciário tem grande potencial em causar conflitos. Por isso seria necessário se estabelecer uma espécie de Conselho. “Não seria um 4ª Instância nem julgar o Supremo. STF não é poder Constituinte. Acima do STF está a Constituição. Então deve haver um poder acima para dirimir questões como essa”, explicou Marun.
Quando indagado sobre a proposta de anistia ao Caixa 2 a Henrique Meirelles, pré-candidato pelo MDB, Marun defendeu seu posicionamento e reafirmou que não há como sair da crise sem algum tipo de leniência ou concórdia. “Não pode o próximo parlamento assumir e continuar refém. Caixa 2 não é propina. São diferentes porque propina é propina e caixa 2 é caixa 2. E leniência não é anistia”, alegou.
O ministro de Temer ainda justificou que a história mostra que nenhuma crise foi vencida sem algum tipo de acordo.
Confira a entrevista completa:
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