Após discussões, reforma da Previdência pode ter novas mudanças

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2019 08h55 - Atualizado em 20/06/2019 11h19
Valter Campanato/Agência Brasil A deputada Joice Hasselmann alegou que o Governo vai tentar inserir a capitalização na reforma da Previdência

O relatório da reforma da Previdência pode ter novas mudanças após a fase de discussões na Comissão Especial. Nesta terça-feira (19), o relator Samuel Moreira indicou que pode apresentar um voto complementar.

Ele não adiantou quais seriam as alterações, mas reiterou que a espinha dorsal da proposta devia ser mantida.

Ao longo do segundo dia de debates, 19 deputados falaram, 11 deles da oposição. O deputador Arlindo Chinaglia (PT) pediu uma regra de transição para beneficiários do regime geral. “Cerca de 42% dos segurados no Brasil conseguem comprovar em média 4,9 meses de contribuição por ano”.

No total, 71 dos 152 deputados inscrição já falaram nos dois dias de sessão, somando 17 horas de debates.

O presidente do colegiado, o deputado Marcelo Ramos, vai tentar convocar uma audiência para segunda-feira (24), mas a previsão é que só haja quórum para terça-feira (25).

A líder do Governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann, destacou o impacto fiscal da reforma mesmo com as mudanças já feitas a contragosto da equipe econômica do Planalto. Segundo ela, alguns pontos retirados podem voltar a ser discutidos, como capitalização.

“Porque ainda que esse não seja o relatório dos sonhos do Governo, que incluía a capitalização, se nós não conseguirmos voltar com ela em Plenário, nós podemos voltar a discutir nessa casa”.

O secretário de previdência Rogério Marinho, que participou de audiência no Senado, também disse que o Governo ainda não decidiu sobre capitalização.

Na Comissão Especial, a deputada Adriana Ventura abordou alguns dos temas sensíveis relacionados à Previdência como aposentadoria rural e de mulheres. “Nós não temos políticas públicas adequadas para trabalhadores rurais, mulheres e professores. E isso tem que ser compensado na Previdência, apesar de ser um erro”.

A fase de debates deve ir até a próxima semana. Depois, a Comissão começa a votação do texto. Os trabalhos devem ser concluídos no início de julho para, depois, a proposta ir a Plenário.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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