Após polêmica, PM do Paraná diz que irá modificar edital para cadete
Depois de uma polêmica nas redes sociais, a Polícia Militar do Paraná anunciou que vai ajustar o edital do concurso para cadete.
Nas regras para concorrer a uma vaga na corporação, a avaliação psicológica tinha como um dos 72 critérios a “masculinidade” num grau regular. No documento, isso é descrito como a capacidade de não se impressionar com cenas violentas, vulgaridades, não se emocionar facilmente e nem demonstrar interesse em histórias românticas.
Por meio de nota, a Polícia Militar do Paraná disse que nunca adotou posturas sexistas, discriminatórias ou machistas. A corporação também esclareceu que o ajuste será feito sem prejuízo à testagem psicológica necessária para definir o perfil exigido para o militar estadual.
Nesta segunda-feira, depois da divulgação do edital, diversas autoridades se posicionaram contrárias à descrição do critério.
Por meio do Facebook, a governadora do Paraná, Cida Borghetti, disse que determinou com urgência a correção dos termos e que não admite postura discriminatória nas instituições do Estado.
A Ordem dos Advogados do Estado também se pronunciou e, por meio de nota, disse que a descrição não tem respaldo legal e nem técnico.
A Aliança Nacional LGBTI+, em conjunto com o Grupo Dignidade, disse que a exigência é um retrocesso discriminatório permeado por machismo e que fere a Declaração Universal de Direitos Humanos e a Constituição Brasileira.
*Informações da repórter Nanny Cox
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