Após polêmica, PM do Paraná diz que irá modificar edital para cadete

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2018 08h38 - Atualizado em 14/08/2018 09h30
  • BlueSky
Divulgação/Polícia Militar do Paraná Nas regras para concorrer a uma vaga na corporação, a avaliação psicológica tinha como um dos 72 critérios a "masculinidade" num grau regular

Depois de uma polêmica nas redes sociais, a Polícia Militar do Paraná anunciou que vai ajustar o edital do concurso para cadete.

Nas regras para concorrer a uma vaga na corporação, a avaliação psicológica tinha como um dos 72 critérios a “masculinidade” num grau regular. No documento, isso é descrito como a capacidade de não se impressionar com cenas violentas, vulgaridades, não se emocionar facilmente e nem demonstrar interesse em histórias românticas.

Por meio de nota, a Polícia Militar do Paraná disse que nunca adotou posturas sexistas, discriminatórias ou machistas. A corporação também esclareceu que o ajuste será feito sem prejuízo à testagem psicológica necessária para definir o perfil exigido para o militar estadual.

Nesta segunda-feira, depois da divulgação do edital, diversas autoridades se posicionaram contrárias à descrição do critério.

Por meio do Facebook, a governadora do Paraná, Cida Borghetti, disse que determinou com urgência a correção dos termos e que não admite postura discriminatória nas instituições do Estado.

A Ordem dos Advogados do Estado também se pronunciou e, por meio de nota, disse que a descrição não tem respaldo legal e nem técnico.

A Aliança Nacional LGBTI+, em conjunto com o Grupo Dignidade, disse que a exigência é um retrocesso discriminatório permeado por machismo e que fere a Declaração Universal de Direitos Humanos e a Constituição Brasileira.

*Informações da repórter Nanny Cox

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.