Após queda em média de sepultamentos, Manaus mantém enterros em valas comuns 

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2020 07h02 - Atualizado em 09/06/2020 07h40
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rio-de-janeiro-morte-coronavirus No pico da pandemia, caixões chegaram a ser empilhados dentro das valas -- com isto houve muita reclamação e revolta por parte de familiares

Mesmo após a redução no número de sepultamentos em Manaus, a Prefeitura vai manter os enterros dos caixões em valas comuns enquanto observa o comportamento da covid-19 na capital. O sistema de trincheiras, como foi denominado, foi implementado no dia 21 de abril.

Durante a pandemia, Manaus atingiu o pico de 140 enterros no dia 26 de abril, fazendo com que o registro de mortes chegasse a 108% acima da média histórica. Nas duas últimas semanas, a média caiu de 100 para 38 por dia, próximo ao que era registrado antes da chegada da doença.

O Amazonas registra mais de 49 mil casos confirmados da covid-19. Por meio de nota, a Prefeitura explicou que, com a reabertura gradual do comércio autorizada pelo governo estadual, o município vai monitorar o comportamento dos próximos dias antes de suspender a modalidade de ‘trincheiras’ nos cemitérios da capital.

O rápido aumento de mortes fez com que dezenas de covas fossem abertas. No pico da pandemia, caixões chegaram a ser empilhados dentro das valas — com isto houve muita reclamação e revolta por parte de familiares. As autoridades do município retrocederam e a medida foi cancelada.

Por conta do elevado número de mortes registradas em abril, 64 famílias optaram pela cremação. Por causa da fila, sepultamentos chegaram a ser realizados à noite.

Segundo o governo, a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus alcançou 96% em abril. No final de semana passada, a taxa apontou um patamar de 68%.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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