Após reforma, governo deve incentivar crédito privado, diz secretário

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2019 08h18 - Atualizado em 13/06/2019 08h20
FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Após a aprovação da Reforma da Previdência, que é a principal aposta do governo para o equilíbrio das contas, já existem diversas medidas encaminhadas para a área econômica. "Temos outras medidas de incentivo ao crédito, incentivo ao setor privado e de financiamento", explica.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta quarta-feira (12) que os banco públicos vão começar a devolver ao governo federal os recursos emprestados por meio do Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD).

Dentro do governo, o clima é de comemoração. Uma vez que a devolução do dinheiro começa na mesma semana em que o Congresso aprovou o crédito suplementar de R$ 248 bilhões aos cofres públicos. De acordo com o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, essa devolução de dinheiro por parte dos bancos públicos é uma parte pequena das novas diretrizes do governo federal que visam reduzir o crédito público e incentivar o privado. “O crédito movido pelo setor privado é, em geral, mais eficiente e vai direto onde as pessoas precisam”, afirma.

Segundo ele, após a aprovação da Reforma da Previdência, que é a principal aposta do governo para o equilíbrio das contas, já existem diversas medidas encaminhadas para a área econômica. “Temos outras medidas de incentivo ao crédito, incentivo ao setor privado e de financiamento”, explica.

Questionado sobre a previsão de que a Reforma da Previdência pode economizar menos do que o previsto inicialmente, Rodrigues desconversa. “Esse é o sexto ano de déficit primário. Precisamos controlar o lado do gasto que subiu”, afirma. “A intenção explicitada pelo ministro Paulo Guedes é de termos uma reforma que mude a posição fiscal do país. Hoje temos uma posição muito fragilizada.”

Sobre a presença dos estados e municípios na nova previdência,  Rodrigues defende uma ação ‘coordenada’. “O problema fiscal não acontece individualmente. Nós temos mais de cinco mil municípios com dificuldades fiscais”, diz.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.