Após saída de Moro, Girão sugere candidatura de Dallagnol: ‘Tem repercussão nacional’

Senador afirmou que decisão do ex-juiz é natural e ‘faz parte do jogo democrático’; parlamentar falou sobre combate à corrupção e fez críticas ao Judiciário

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2022 10h46 - Atualizado em 02/04/2022 10h47
  • BlueSky
Leopoldo Silva/Agência Senado O senador Eduardo Girão durante pronunciamento Eduardo Girão coleta assinaturas para requerimento de convite a Moraes

Após a saída de Sergio Moro do Podemos, o senador Eduardo Girão (CE) afirmou neste sábado, 2, que o partido tem outros “quadros bons” para concorrer à Presidência da República e sugeriu o nome do ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. “O Podemos tem quadros muito bons, tem diálogo com outros partidos também, e quem sabe a gente possa ter alguém que represente o espírito dessa operação que é sucesso internacional, que possa ser candidato à presidência. Tem nomes como o Deltan Dallagnol, que eu acredito que é um nome que tem uma repercussão nacional”, declarou em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan News. Girão disse ver a saída de Moro da agremiação como algo natural. “Isso faz parte do jogo democrático. Talvez uma estrutura maior dentro desse novo partido, o União Brasil, que possibilitaria a ele um arco de alianças com o centro democrático. Ele, de uma certa forma, foi muito coerente com os princípios e valores”, opinou. 

Para o senador, a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) enfraqueceu o combate à corrupção no país e a operação Lava Jato foi “desmantelada” pelos três Poderes. “Eu acho que a gente tem que dar uma alternativa para o povo brasileiro. Reconheço pontos positivos desse governo, ministérios na maioria técnicos. A gente vê avanços no país, mas também vê retrocessos, especialmente no enfraquecimento do combate à corrupção e à impunidade”, disse Girão. O parlamentar também fez críticas ao Judiciário e afirmou que já coletou assinaturas suficientes para votar um requerimento de convite ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A intenção é que ele explique ao Senado as decisões tomadas no âmbito do inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos. “Nós já temos o apoio para colocar em votação na terça-feira, mas nós precisamos ampliar esse apoio. Eu espero que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, possa colocar isso. É uma questão de democracia”, declarou. “É hora do Senado se colocar respeito e votar o convite para o ministro vir aqui, repito, de forma respeitosa explicar esse inquérito aqui no Senado, que é um inquérito que, no meu ponto de vista, é ilegal”, acrescentou. 

 

 

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.