Após ter expulsão cogitada, Aécio diz que Doria quer ‘se apropriar’ de partido

Para o deputado federal, o governador de São Paulo age ‘por estratégia eleitoral’; a bancada do partido no Congresso nega possibilidade de afastamento do parlamentar

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2021 05h33 - Atualizado em 10/02/2021 09h52
ANTONIO MOLINA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Governador de São Paulo usa máscara O governador de São Paulo encabeça o movimento para que a legenda se coloque na oposição ao presidente e expulse Aécio Neves

O deputado federal Aécio Neves (PSDB) rebateu a declaração feita pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defendeu a expulsão do mineiro da legenda. O parlamentar divulgou nota nesta terça-feira, 09, dizendo que “o destempero do governador se deve, na verdade, à sua fracassada tentativa de se apropriar do partido”. No comunicado, Aécio afirma que a “longa tradição democrática” da legenda “não será sufocada por arroubos autoritários de quem quer que seja”. Para o deputado mineiro, Doria age “por estratégia eleitoral” e que criou “um conflito artificial dentro do PDSB para alimentar na imprensa projetos pessoais cada vez menos críveis”.

As desavenças dentro do partido vem desde a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Isso porque alguns tucanos deram apoio ao candidato do presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP). Com isso, o governador de São Paulo encabeça o movimento para que a legenda se coloque na oposição ao presidente e expulse Aécio. Doria diz que há uma paralisia no partido, tenta reforçar a legenda, e confirmou que convidou o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), se filiar ao PSDB.

No entanto, segundo parlamentares, a situação atual fortalece o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, contra Doria dentro da legenda, já que existe maior alinhamento do PSDB a Bolsonaro. Após o pedido de expulsão, a bancada do partido no Congresso Nacional saiu em defesa de Aécio Neves. O líder tucano na Câmara, Rodrigo de Castro, afirmou que afastamento do deputado não é “sequer cogitado” pelos parlamentares.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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