Após transferência de presos do PCC, discussão sobre possibilidade de represálias continua

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2019 06h27 - Atualizado em 15/02/2019 10h07
Alex Silva/Estadão Conteúdo Walter Nunes ainda declarou que não basta tirar o grupo gestor das facções de circulação, é necessário desconstruir as estruturas das organizações

Com a transferência de Marcola e outros gestores do Primeiro Comando da Capital, permanece a discussão sobre uma possível retaliação por parte de integrantes da facção.

O coordenador do Fórum Permanente do Sistema Penitenciário Federal, juiz Walter Nunes da Silva Junior, que esteve em reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta quinta-feira (14), afirmou que a chance de represálias existe.

Segundo o juiz, também corregedor do presídio federal de Mossoró, o problema mais agudo de segurança pública no Brasil é a superlotação nos presídios estaduais, que foi a grande força motora das facções criminosas.

Walter Nunes ainda declarou que não basta tirar o grupo gestor das facções de circulação, é necessário desconstruir as estruturas das organizações, principalmente com retirada de seus alicerces financeiros.

Nesta quinta-feira, o ministro Moro ainda afirmou que a transferência dos líderes do PCC é um exemplo da estratégia que o Governo vai adotar para combater as organizações criminosas e que modificações na legislação não serão a única forma de mudança.

O líder do Primeiro Comando da Capital, Marcos Camacho, o Marcola, está preso na penitenciária federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia. Localizado na BR 364, o presídio fica em área de mata fechada.

Assim como outros condenados em penitenciárias federais, Marcola ficará 60 dias no Regime Disciplinar Diferenciado e só poderá tomar sol em um anexo da própria cela.

*Informações da repórter Victoria Abel

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