Após três meses, Premier League retorna nesta quarta-feira com novos protocolos

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 17/06/2020 08h03 - Atualizado em 17/06/2020 09h01
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EFE/EPA/NEIL harry kane As partidas, evidentemente, serão disputadas com portões fechados e por isso todas serão televisionadas -- algo inédito

Um fato que está elevando o moral britânico depois de quase três meses em quarentena é o retorno do futebol nesta noite. A Premier League finalmente será retomada, mas com protocolos e procedimentos muito diferentes do mundo pré pandemia.

Nas próximas seis semanas, 92 jogos serão disputados. Na prática, isso significa que haverá pelo menos um jogo na TV quase todos os dias. As partidas, evidentemente, serão disputadas com portões fechados e por isso todas serão televisionadas — algo inédito.

Os protocolos para a retomada do futebol foram amplamente discutidos e anunciados com bastante antecedência e, mesmo assim, nem todos estão satisfeitos. O técnico Pep Guardiola, do Manchester City, deixou isso claro ontem.

O time dele é o destaque da volta do campeonato hoje à noite na partida contra o Arsenal. Guardiola afirmou que o City não está pronto para a maratona de jogos e que por isso terá que revezar bastante seu elenco nos próximos dias.

O fato é que a pressão econômica foi crucial para a retomada do campeonato inglês. A liga estimativa prejuízo de mais de um bilhão de libras caso as últimas dez rodadas não fossem completadas.

Dexametasona

O coronavírus ainda domina o noticiário na Grã Bretanha, mas aos poucos as manchetes positivas vão ganhando espaço. A notícia divulgada sobre a descoberta de um tratamento que reduz a mortalidade por covid-19 trouxe um certo alívio para os britânicos.

O estudo liderado pela Universidade de Oxford indicou que o corticoide dexametasona pode ser crucial para pacientes graves.

O uso do medicamento reduziu cerca de 35% das mortes em pacientes que recebiam ventilação pulmonar mecânica. Nos doentes que recebiam oxigênio sem intubação, a redução nas mortes foi de 20%. Se a droga já estivesse sendo usada desde o início da pandemia no Reino Unido, cerca de cinco mil mortes poderiam ter sido evitadas.

O que mais animou o governo e os pesquisadores britânicos é o fato de que a dexametasona já é uma droga bastante conhecida. Ela está disponível em praticamente todos os hospitais e farmácias do país e a um custo muito baixo.

O tratamento completo para um paciente grave na rede de saúde pública britânica custa cinco libras — ou menos de R$ 35. A droga, primeira com eficácia comprovada em estudo científico, já foi incluída nos protocolos de tratamento do covid-19 aqui da Grã Bretanha.

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