Após visita a ex-presidente, defesa diz que Lula se considera um “preso político”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se reunir nesta segunda-feira (09) com o advogado Cristiano Zanin Martins na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde começou a cumprir pena de 12 anos e um mês de prisão pelo caso do triplex no Guarujá.
Em vídeo publicado em redes sociais, o defensor destacou a situação do petista, que teria questionado a condenação e a prisão: “ele está bem, está lendo bastante, estava feliz pela vitória do Corinthians. Não há nenhum motivo para estar preso. Ele se considera preso político”.
Horas antes do encontro entre Lula e Zanin, o comando do PT decidiu transferir a direção política para a capital paranaense, dando a entender que o partido não acredita em uma reversão da prisão no curto prazo.
A presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que Lula é o candidato petista ao Planalto, e confirmou que governadores do Nordeste que apoiam o ex-presidente devem ir até a Polícia Federal em Curitiba nesta terça-feira: “nós temos a confirmação dos governadores vêm pra cá, vão até a Polícia Federal e estamos vendo a possibilidade de eles visitarem o presidente”.
A senadora Gleisi Hoffmann disse ainda que tenta um acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann e a PF, para flexibilizar visitas a Lula.
Durante visita à vigília no entorno da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, a pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávilla, foi hostilizada por um apoiador de Jair Bolsonaro, do PSL, que, segundo Gleisi Hoffmann, seria um policial civil do Paraná.
Cumprindo a pena, Lula não terá que raspar o cabelo ou usar uniforme de presidiário enquanto estiver na sede da PF. Ele só mudaria para outro local por determinação da 12ª Vara Federal de Curitiba.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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