Após vitória de Bolsonaro, atenção volta ao Congresso e à formação de base de apoio do presidente eleito

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2018 06h18
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Congresso Nacional Bolsonaro começa com um apoio significativo na Câmara. Seu partido, o PSL, passa de oito deputados federais para 52

Definido Jair Bolsonaro (PSL) como novo presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2019, a atenção muda agora para a sua capacidade de governar ou de realizar reformas fiscais fundamentais para o ajuste das contas públicas.

Bolsonaro começa com um apoio significativo na Câmara. Seu partido, o PSL, passa de oito deputados federais para 52. A segunda maior bancada da Casa, atrás apenas do PT de Fernando Haddad, derrotado no segundo turno.

O grupo de partidos de direita que estão alinhados com a agenda de Bolsonaro, como PRB e PSC, também cresceu. Passou de 44 para 106.

Embora haja dissidentes, as frentes parlamentares podem garantir a governabilidade de Bolsonaro. Ele recebeu apoio da bancada ruralista, que hoje é formada por 261 parlamentares, incluindo deputados e senadores, e dos evangélicos, que conta com 180 congressistas.

A frente evangélica, inclusive, apresentou um manifesto a Bolsonaro defendendo a reforma da Previdência, uma das medidas consideradas urgentes e que está paralisada na Câmara.

O novo presidente também terá de enfrentar a reforma tributária. Mas essas pautas urgentes vão precisar do apoio do chamado Centrão, que foi base na campanha do candidato Geraldo Alckmin, do PSDB, na disputa presidencial.

O bloco de partidos liderado pelo MDB, DEM, PP, PR e PSD terá 208 deputados na Câmara. Pelas contas, tirando 136 deputados da futura oposição, formada basicamente pelo PT, sobram 377 votos. 69 a mais para aprovar alterações constitucionais, que são as pautas mais estruturantes.

Confira a cobertura completa das Eleições 2018

*Informações do repórter Arthur Scotti

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