Após vitória do Governo na CCJ, base pressiona Temer e força paralela de oposição é criada
A movimentação política do presidente Michel Temer para evitar a abertura do processo contra ele, e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco no Supremo Tribunal Federal gerou resistências na própria base governista.
O Centrão está descontente e pede abertamente a saída do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. Ele é do PSDB, partido que está dividido, com viés de oposição.
A reclamação é de que ministros e o presidente tratam melhor quem pouco apoia o Governo. O desgaste fica para os partidos aliados, que formam o Centrão.
Por outro lado, parte do PSDB, deputados do PPS e, agora, o PSB não gostaram da pressão política contra a investigação e decidiram ir para a oposição. Só que estes partidos não querem se aliar à oposição tradicional, o PT, PCdoB, Rede e PDT, uma linha mais radical.
Os líderes dos partidos se encontraram e, segundo o novo líder do PSB, deputado Júlio Delgado, uma nova força está surgindo no Congresso, que apoia propostas do Governo consideradas boas, mas que defende investigação: “tive conversa longa com líder do PSDB, PPS, a nossa postura é de apurar onde quer que esteja a corrupção. Não temos dúvida de que Geddel [Vieira Lima] não levantou R$ 51 milhões em um ano”.
A estratégia destes partidos é atuar como força paralela de oposição ao Governo. O grupo quer atrair ainda o DEM e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para essa situação.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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