Após vitória na CCJ, Governo retoma contagem de votos para barrar denúncia contra Temer
Agora é o plenário da Câmara. Aliados do presidente Michel Temer já fazem um levantamento completo, bancada por bancada, das resistências na base governista.
O vice-líder do Governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), procura deputados resistentes em votar com Temer, e a base de cálculo será a fornecida pelos líderes dos partidos.
A preocupação é com a votação expressiva contra a abertura do processo no plenário, para não deixar o Governo fragilizado.
O cálculo é que a oposição não consegue os 342 votos necessários para derrotar o parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) e aprovar outro relatório, indicado a abertura do processo no Supremo.
As gravações de Lúcio Funaro, indicando que Temer bancava cargos no Governo para o caixa irregular do PMDB, foram usadas no debate. Mas, para o deputado Beto Mansur, não houve interferência no processo: “muitas vezes o delator acaba denunciando até a própria mãe para se ver solto. Essa coisa de delação premiada precisa ser revista no Brasil, porque da maneira como está não dá para continuar”.
O relatório aprovado na CCJ foi do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que garante que não defendeu o Governo, elaborando um parecer jurídico e não político. E até se considerou confortável com tantas atenções dos jornalistas: “máquina fotográfica é importantíssima, para mostrar ao povo a atuação e a presença da gente na vida pública”.
A votação do parecer na CCJ deve ser votada no plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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