Apps de mobilidade urbana investem em inteligência artificial para reduzir crimes
Desde que desembarcaram no Brasil, os aplicativos de mobilidade urbana se tornaram uma opção relevante para qualquer pessoa que tenha um smartphone. São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as cidades que mais utilizam o serviço no mundo.
No entanto, a falta de segurança quase estacionou a arrancada que os apps tiveram no país. A estudante de Rádio e TV Náthaly Lopes é uma das pessoas que já pensou em deixar os aplicativos por causa desse problema.
A jovem de 18 anos costuma solicitar um veículo quando saí da faculdade para chegar em casa. Ela conta que, em algumas ocasiões, por medo, já desistiu de usar o serviço. “Você não sabe quais as intenções da pessoa. Então bate aquele receio de pegar. Já tive situações em que ficou com tanto medo que acabei não pegando”, disse.
Para evitar essa situação, as empresas estão cada vez mais investindo em segurança digital. A última a divulgar as suas novas funcionalidades foi a 99, que aposta na tecnologia para prevenir crimes.
O diretor de segurança da empresa, Leonardo Soares, conta como a inteligência artificial ajuda motoristas e usuários. “A Inteligência artificial monitora todas as corridas em tempo real, transmitindo informações para a equipe de segurança para que se necessário a gente tome qualquer tipo de ação para apoiar o motorista ou passageiro”, revelou.
Soares também ressalta outras funções, como notificação de passageiro frequente, mapas com áreas de risco e denúncia on-line de incidentes.
O professor João Carlos Lopes Fernandes, que coordena o curso de Engenharia de Computação, no Instituto Mauá de Tecnologia, explica como esse conjunto de informações aumenta a segurança dos aplicativos. “As regiões mais perigosas dos estados são mapeadas. Então, ao se passar essas informações aos apps se evita várias problemas”, disse Fernandes.
De acordo com os dados divulgados pela 99, após a implantação dessa tecnologia o número de assaltos em São Paulo caiu 29%. Em nível nacional o cenário é ainda melhor: 44% a menos de incidentes em todo o país.
*Com informações do repórter Vinícius Custódio
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