Apreensão de cocaína sobe mais de 90% em portos brasileiros no primeiro semestre de 2019

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2019 07h29
Polícia Federal Polícia Federal Quase metade das apreensões foram feitas no Porto de Santos; o Porto de Paranaguá também teve grandes apreensões da droga

Só no primeiro semestre de 2019, a Receita Federal apreendeu mais de 25 toneladas de cocaína nos portos brasileiros. O aumento foi mais de 90% comparado ao mesmo período de 2018.

Quase metade das apreensões foram feitas no Porto de Santos, um dos mais movimentados do país. Desde 2016, a Alfândega do litoral paulista escanea 100% das frotas com destino a Europa.

A medida tem gerado resultados positivos na fiscalização, como explica o auditor fiscal Oswaldo Souza Dias Júnior, chefe da equipe de Repressão da Alfândega de Santos.

“Nós temos desenvolvido com relação as cargas e seus portos e destinos, que são notadamente os localizados na Europa Ocidental, e também a utilização de novas tecnologias.”

O auditor fiscal destaca que fatores externos também influenciaram no aumento das apreensões. Como, por exemplo, a expansão do cultivo de cocaína nos países produtores na América do Sul.

Outro Porto que tem se destacado nas apreensões da droga é o de Paranaguá, no Paraná. Lá, o escaneamento das mercadorias é feito duas vezes: quando chega e antes de partir para a Europa.

A estratégia é para evitar que, no intervalo de espera para o embarque, as mercadorias sofram com a adição de cocaína misturada à carga.

O Integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e analista criminal, Guaracy Mingardi pondera que, apesar de a medida ser eficaz, os criminosos logo buscam outros caminhos para transportar a droga.

“O fato de terem apreendido mais no Paranaguá é simples: houve mais apreensão em São Paulo, parte será exportado para outro lugar. Agora, talvez voltem para Santos.”

No entanto, Guaracy destaca os efeitos positivos de se noticiar as apreensões, já que desestimula as pessoas a tentar transportar a droga.

Para o especialista, o desafio agora está em saber a quantidade de droga que consegue passar pelos portos brasileiros e seguir para outros países, especialmente para a Europa e o Oriente Médio.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

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